Por
Kie Kume*
Neste mês de novembro lembramos, de maneira especial, dos entes queridos que já partiram. É normal chorar o vazio da saudade. Mas, reviver as virtudes, os bons exemplos e o carisma de quem partiu é um grande estímulo para vivermos melhor, na certeza de que, com nossas almas purificadas, estaremos um dia juntos novamente. É essa certeza que deve sobrepor-se à tristeza e à dor da separação, acompanhada da consciência de que a vida neste mundo é finita.
Em geral, na medida em que vamos envelhecendo, adquirimos consciência de que devemos estar preparados para um dia encerrar nossa caminhada neste mundo. Envoltos em sonhos de conquistas e realizações, os mais jovens, como é natural, tendem a fugir dessa certeza de finitude, da qual somente se aproximam em momentos de perdas – do pai, da mãe, de um irmão, de amigos. E as separações são sempre mais traumáticas em caso de um acidente ou de doenças graves prematuras.
Neste mês de novembro lembramos, de maneira especial, dos entes queridos que já partiram. É normal chorar o vazio da saudade. Mas, reviver as virtudes, os bons exemplos e o carisma de quem partiu é um grande estímulo para vivermos melhor, na certeza de que, com nossas almas purificadas, estaremos um dia juntos novamente. É essa certeza que deve sobrepor-se à tristeza e à dor da separação, acompanhada da consciência de que a vida neste mundo é finita.
Em geral, na medida em que vamos envelhecendo, adquirimos consciência de que devemos estar preparados para um dia encerrar nossa caminhada neste mundo. Envoltos em sonhos de conquistas e realizações, os mais jovens, como é natural, tendem a fugir dessa certeza de finitude, da qual somente se aproximam em momentos de perdas – do pai, da mãe, de um irmão, de amigos. E as separações são sempre mais traumáticas em caso de um acidente ou de doenças graves prematuras.
Jovens ou
idosos, todos devemos ter a consciência de que ninguém vive para sempre – exceto
nossas almas. Como o nascimento de uma criança é sempre fonte de grande
felicidade para uma família, devemos estar certos de que a morte é o
renascimento para a eternidade. É essa certeza, pregada por todas as religiões,
que dá sentido à nossa vida aqui na Terra e alimenta nossa luta em busca da
Verdade.
O grande autor
e líder espiritual japonês Ryuho Okawa nos lembra, em Mensagens do Céu
(IRH Press do Brasil), que “tanto Buda quanto Jesus ensinaram que a alma é
nossa verdadeira natureza e que estamos vivendo neste mundo apenas
temporariamente. Essas verdades nunca irão mudar” e apenas precisam ser
transmitidas em linguagem atual às pessoas de nosso mundo materialista e
consumista.
“O mundo
precisa de conhecimento espiritual, isto é, saber de onde vêm as almas e para
onde irão após a morte. É essencial para a nossa felicidade sabermos que somos
seres espirituais”, diz Okawa. “Não importa o quanto acumulemos de conhecimento,
não teremos sabedoria de fato e não encontraremos o caminho de casa se não
soubermos de onde viemos e para onde vamos.”
Somente com
essa fé na eternidade conseguiremos aceitar as marcas do tempo e nosso próprio
fim. William Shakespeare, em seu Soneto 19, descreve de forma magistral o
envelhecimento. Refere-se ao tempo como voraz, que “corta as garras do leão” e
“arranca os dentes afiados da feroz mandíbula do tigre”, não evitando nem o
“crime hediondo” de marcar “com as horas” a bela fronte de um amor. Mais lírico,
o educador e poeta Rubens Alves diz que “Deus existe para tranquilizar a
saudade. Quem é rico em sonhos não envelhece nunca. Pode até ser que morra de
repente. Mas morrerá em pleno voo...”
Que este mês de
novembro reavive em cada um de nós, idosos ou não, a consciência de que devemos
estar sempre preparados para deixar este mundo, vivendo cada dia como se fosse o
último, com fé, amor, confiança e tranquilidade. Em As Leis da Sabedoria,
outro de seus mais de dois mil livros publicados, Ryuho Okawa ensina que,
“depois da morte, a única coisa que o ser humano pode levar de volta consigo
para o outro mundo é seu ‘coração’. Dentro dele reside a ‘sabedoria’”. O autor
afirma que “é importante que você leve um tipo de vida que não seria motivo de
vergonha ou desonra se você estivesse no mundo celestial” (do livro Trabalho
e Amor).
Que a lembrança
dos que já partiram renove nossa fé em uma vida eterna e nos estimule a imitar
os bons exemplos e as virtudes cultivadas pelos entes queridos, realizando
nossos próprios sonhos de felicidade. A lembrança de tudo o que eles fizeram de
bom ao longo de sua vida é um grande estímulo em nossa caminhada. Saudades, sim.
Tristeza, não.
* Kie Kume é gerente da
editora IRH Press do Brasil, que publica em português as obras de Ryuho
Okawa. Um dos autores mais prestigiados no Japão, Okawa tem mais de 2.100 livros
publicados, ultrapassando 100 milhões de cópias vendidas, em 28 idiomas
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