Reginaldo Villazón
Num cenário de mudanças, ficar parado é uma péssima decisão. Por isto, em 2014 é preciso ficar atento para não praticar ações repetidas sob justificativas inconsistentes. O olhar atento aos fatos é essencial. Não se concebe a pressa irrefletida numa vida de correrias, sem condição de observar e interpretar os fatos. Não é difícil evitar o que se torna retrógrado e errado para escolher o que é bom entre as imensas possibilidades geradas pelo progresso. Os desejos e esperanças de um feliz 2014 são os combustíveis para fazer um feliz 2014.
Inicia-se um ano-novo, tempo de confraternizações, de desejos e esperanças de paz, saúde e sucesso. Não há quem resista ao pensamento de vencer pequenos desafios pessoais no ano-novo, como emagrecer alguns quilos e praticar caminhadas. Promessas não-cumpridas antes, pouco importam. Desta vez – quem sabe? – vai dar certo. Quem conseguiu – antes da virada de ano – livrar-se das coisas inúteis, fazer uma boa faxina e reorganizar a casa, espera as liquidações de janeiro para renovar algum móvel ou eletrodoméstico.
A retrospectiva de 2013 mostrou que o ano recém-findo foi importante no Brasil. O incêndio numa casa de shows deixou 242 mortos e revelou muitas irresponsabilidades. A perda patrimonial do empresário Eike Batista, estimada em 25 bilhões de dólares, envergonhou o país. As passeatas em várias cidades, com denúncias e reivindicações irrefutáveis, mostrou a debilidade político-administrativa dos governantes. O processo de condenação e prisão de gente muito importante, no caso mensalão, foi uma péssima surpresa para os corruptos.
O mundo viu em 2013 dois papas. Um papa tradicional, retirando-se para a aposentadoria na condição de Papa Emérito. E um papa incomum (argentino, gosta de tango e futebol), tomando as rédeas da Igreja com discurso reformista. O especialista em informática, Edward Snowden, sacudiu o mundo com a denúncia de que os Estados Unidos invadem redes de comunicação e coletam informações de governos, empresas e pessoas. O sul-africano Nelson Mandela, o maior líder político do século XX, morreu aos 95 anos e virou lenda.
O Brasil e o mundo não estão numa modorra, numa fase de mesmice. Pelos fatos de 2013, dá para imaginar que o ano de 2014 terá muitos acontecimentos importantes. Os videntes de várias categorias tentam prever os eventos do ano-novo. O povo brasileiro vai voltar às ruas para protestos e reivindicações? Quem vai vencer as eleições presidenciais: Dilma Rousseff, Aécio Neves, Eduardo Campos ou outro? Quem vai ganhar a Copa do Mundo: Brasil, Argentina, Espanha ou outro? Qual será o desempenho da economia mundial?
Os videntes, assim como os analistas especializados, divergem muito nas suas previsões. É difícil antecipar fatos novos e avaliar suas consequências sobre os acontecimentos futuros. Mas numa coisa todos concordam: 2014 também será um ano de muitas mudanças. Talvez seja bom não conhecer os eventos futuros, mas saber a tendência vigente. E a tendência vigente é exatamente esta: mudanças, muitas mudanças, mudanças rápidas. Mudanças nas famílias e nas sociedades, nas empresas e nas entidades, na economia e na tecnologia.
Num cenário de mudanças, ficar parado é uma péssima decisão. Por isto, em 2014 é preciso ficar atento para não praticar ações repetidas sob justificativas inconsistentes. O olhar atento aos fatos é essencial. Não se concebe a pressa irrefletida numa vida de correrias, sem condição de observar e interpretar os fatos. Não é difícil evitar o que se torna retrógrado e errado para escolher o que é bom entre as imensas possibilidades geradas pelo progresso. Os desejos e esperanças de um feliz 2014 são os combustíveis para fazer um feliz 2014.
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