2012, o ano de deixar o ego de lado

Michel Pena - estudante de jornalismo
O ano de 2012 esta aí e, outra vez, a cidade de Jales se prepara para mais um pleito eleitoral. A democracia é o que rege o nosso país, mas a honra e a humildade é o que conduz a sociedade. Não se pode confundir humildade com pobreza: existem pessoas humildes morando em palácios e pessoas soberbas morando em favelas e periferias.
Por se tratar de interesse da cidade, decidi pesquisar alguns números do contingente populacional no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), comparando Jales com Fernandópolis e Santa Fé do Sul. Tomei por base os anos de 2000 e 2010 (último censo). Jales, no ano de 2000, tinha 46.186 habitantes, e no censo seguinte 47.012, crescimento de 1,98%. Já Fernandópolis, 61.647 habitantes em 2000, e 64.696 em 2010, crescimento de 4,94% e, Santa Fé do Sul, 26.512 habitantes em 2000, e, 29.239 em 2010, crescimento de 10,28%. Resultado: Jales foi o município que menos cresceu em 10 anos, se comparado com Fernandópolis e Santa Fé do Sul. Por quê? Não sei dizer exatamente, mas posso levantar algumas hipóteses. Primeira: entre os anos de 2001 e 2004 tivemos três prefeitos (Guisso 01/01/2001 – 21/11/2001, Caparroz 22/11/2001 – 18/02/2004 e Hilário Pupim 18/02/2004 – 31/12/2004). Foi um período turbulento e a cidade era um caldeirão em ebulição. Segunda: uma crise financeira atingiu os frigoríficos de Jales, fazendo com que milhares de trabalhadores fossem demitidos – até hoje, os abatedouros não conseguiram se reerguer totalmente. Terceira: mesmo sendo eleito em 2004 e reeleito em 2008, Parini enfrentou, por diversas vezes, o risco de perder o mandato ou o manter por liminar. Esse medo fez com que o Dr. Humberto empenhasse tempo e influência política para sustentar-se no cargo. Essas são possíveis hipóteses, mas talvez você possa elencar mais algumas.
Diante disso, nossa cidade enfrenta hoje uma "crise" de crescimento. Sabemos, é claro, que as economias dependem uma da outra e que as empresas aqui instaladas, sentiram a "marolinha" da recessão mundial no ano de 2008, mas o que precisamos debater agora, são os interesses dos prefeituráveis para o pleito desse ano.
Vários são os "candidatos" e nem é preciso citar nomes – a grande maioria é de oposição à administração municipal. A meu ver, esse número não ajuda em nada o município de Jales. Repito: não ajuda em nada. Como disse, a maioria é de oposição, mas temos um da situação. Este é aquele que tem a máquina administrativa do lado (apesar de a lei eleitoral ser dura quanto a isso), mas somos brasileiros e sabemos que em "ano político", quantias enormes de dinheiro surgem para abastecer as prefeituras e nomes do cenário político nacional apóiam, ferrenhamente, o candidato que deseja o cargo, ou manter-se no cargo e, ainda, fazer o sucessor. Mas caso o eleito seja este último, mesmo sendo da situação, terá a oportunidade de fazer diferente. Ele precisa colocar a cidade para andar, não permitindo que erros cometidos nos anos anteriores voltem a se repetir, mostrando a cara do desenvolvimento para Jales, apesar de grandes conquistas terem sido apresentadas para a população.
Diante disto, se os oposicionistas desejam mesmo derrotar a máquina e seu candidato, eles precisam se unir, deixar o ego e o orgulho de lado. É nessas horas que a honra e o respeito diante à população aparecem. Sei que a democracia é feita do pluripartidarismo, mas os interesses da comunidade local devem ser maiores que os interesses individuais dos candidatos e partidos. Pelo número de eleitores não temos o 2º turno, ou seja, é única a oportunidade de eleger-se prefeito, ou esperar por mais quatro anos. A união de ideias daqueles que querem o bem da cidade, ajudariam para um crescimento mais robusto e sólido. A oposição precisa então se unir, abrir mão do egoísmo, fazer uma mega coligação para mostrar a força e o volume das soluções para a comunidade local, caso desejam vencer as eleições. Lembre-se que se a oposição rachar, os votos contrários ao candidato da maquina executiva, também racham. Entenderam? Senhores, se reúnam, conversem, façam um acordo de cavalheiros e danas, estipulem um "rodízio" do cargo, elaborem uma aliança forte, cabos eleitorais comprometidos, soluções plausíveis e fáceis de serem executadas. Mostrem o poder da união de líderes que vocês são e obtenham mais respeito da população. Deixar seu ego de lado não quer dizer que você é o derrotado, mas que compreende que o "povo unido" - em referência ao Hino de Jales-, é mais forte e mais justo.

Comentários