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| Foto: Marcio Atz |
As comunidade de Osório e Maquiné instalaram neste final de semana - na altura do Km 70, a 400m do túnel, sentido Osório/Torres -uma gigantesca placa às margens da BR-101 denunciando a difícil situação que estão vivendo. A mensagem dá um recado direto para a presidente Dilma Rousseff com os dizeres: "Aqui a agricultura familiar corre perigo. Não se faz justiça punindo inocentes". Mais que um apelo, trata-se de uma denúncia que escancara o conflito de terras que está acontecendo, literalmente, em meio à circulação de milhares de veículos de uma das rodovias mais movimentadas do estado.
O objetivo é "decorar" uma das principais obras do PAC da presidente Dilma, o recentemente inaugurado túnel da BR-101, e lembrar as autoridades federais que ele está dentro do perímetro de uma das áreas de conflito mais sérios do RS. A área reivindicada pela associação quilombola de 4.564,4284 hectares – equivalente a cerca de 4.600 campos de futebol – inclui o túnel e a BR-101.
Coincidentemente a placa foi instalada no início da semana que marca audiência pública para tratar de demarcações de terras indígenas e quilombolas no RS. O encontro acontece nesta sexta-feira, 21 de outubro, a partir das 14h, no Teatro Dante Barone, anexo a Assembleia Legislativa. Promovido por comissões de Agricultura do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, o evento se propõe a "debater os procedimentos adotados pelo governo federal para demarcações de terras para comunidades indígenas e quilombolas e os possíveis impactos causados ao setor rural".
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