Beethoven e Berlioz são as estrelas do Clássicos

A TV Cultura leva ao ar neste sábado (23/7), às 16h, no programa Clássicos, o concerto de abertura do 42º Festival de Inverno de Campos do Jordão, que aconteceu no início deste mês (2). O espetáculo é todo dedicado ao gênio Ludwig van Beethoven. Sob a companhia do regente e violinista israelense Pinchas Zukermann, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) interpreta a abertura de As Criaturas de Prometeu – a primeira peça do compositor alemão para o balé –, Sinfonia nº1, opus 21, em dó maior, e Concerto para violino e orquestra, op. 61, em ré maior.
No domingo (24/7), às 16h, o programa traz um documentário sobre a Sinfonia Fantástica, do compositor francês Hector Berlioz, concebido e apresentado pelo premiado regente Michael Tilson Thomas e a Orquestra Sinfônica de São Francisco.
Hector Berlioz (1803–1869) teve papel importantíssimo na vida musical francesa e nos legou importantes trabalhos teóricos, sobretudo na área da orquestração. Suas obras mais conhecidas são a Sinfonia Fantástica e o Réquiem, para coro, orquestra e solistas. Sua obra influenciou autores como Richard Wagner, Richard Strauss, Gustav Mahler, entre muitos outros.
Michael Tilson Thomas e a Orquestra Sinfônica de São Francisco têm produzido uma série de documentários sobre obras fundamentais da história da música. Com episódios dedicados a Beethoven, Stravinsky, Copland, entre outros, eles pretendem fazer com que o grande público possa se aproximar do repertório sinfônico. Os filmes exploram não somente a vida dos compositores, mas sobretudo seu processo criativo, desvendando para o grande público os motivos que fizeram com que suas obras sejam admiradas e estudadas até hoje.
A Sinfonia Fantástica é a obra mais conhecida de Berlioz e foi composta por inspiração da paixão que nutria pela atriz irlandesa Harriet Smithson, após vê-la representar o papel de Ofélia em Hamlet, de Shakespeare, no Teatro de Paris, em 1827. A leitura de Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe também deixou rastros na Sinfonia. A obra é um marco na música francesa, pois inaugura o sinfonismo na França. Berlioz quebra a estrutura formal da sinfonia, formada de quatro movimentos, quando a apresenta com um movimento a mais. Ele redigiu um roteiro no quel indicava o que o protagonista imaginava em cada movimento da obra. Para o autor, o artista, sob efeito do ópio, tem alucinações e estas são traduzidas em cinco situações indicadas pelos cinco movimentos.

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