Eu o vi

Adelvair DavidEU O VI, DISSE ELA; TAMBÉM NÓS O VEREMOS REFLETIDO NAS TELAS DAS AÇÕES GENEROSAS COMO ELE NOS ENSINOU, AMANDO.

Eu o vi, disse Maria de Madalena ao retornar do sepulcro onde deveria estar o corpo de Jesus.
Muito cedo, seguiu Ela, sem se preocupar com o que poderia lhe acontecer, com o firme propósito de visitar o local para levar os seus sentimentos e homenagem ao venerando mestre que ela vira sofrer e morrer.
Os discípulos, temerosos, escondiam-se naquele momento, estavam feridos profundamente com a partida de forma tão dolorosa do amigo que lhes falara tantas vezes sobre o amor e os amara profundamente; Maria também sofria os impositivos da dor e, de forma alguma, desejou ausentar-se do Raboni; não considerando qualquer represália seguiu o seu coração e fora buscar o local do sepulcro administrando as lágrimas, porém, sem deserção, para louvá-lo na lembrança com o seu amor, encontrando-o então, vivo, no outro plano da vida.
Diante dos enfrentamentos da vida somos convidados a dar também testemunho ante os cometimentos que nos acodem; quanto mais cedo nos levantarmos moralmente para a busca da educação espiritual, ou seja, do aprendizado dos verdadeiros valores da vida, ensinados por Ele, mais cedo também encontraremos resolução dos problemas que nos são apresentados pela vida, verdadeiros desafios de crescimento e desenvolvimento das potencialidades de espíritos eternos que somos a caminho da angelitude.
Qualquer dúvida é um movimento na direção da reflexão; o espírito sensibilizado pelo desejo de amar meditará aconselhando-se no Evangelho, mesmo que tentado a fazer o que não deve, encontrar-se-á fortalecido para resistir, escolher e optar pela ação mais nobre e apropriada. As provas da vida e os seus impositivos não devem motivar a fuga para os esconderijos interiores ou exteriores; nem sempre a saída fácil é a mais digna; pode confortar no momento e trazer dissabores em futuro próximo ou mais distante; senão aqui, na vida material, mas com certeza no mundo espiritual no encontro com a própria consciência.
Aprendamos com Maria de Madalena; quanto mais cedo buscarmos nos aproximar D´Ele, sem medo de optar por este caminho, tão cedo encontraremos paz de consciência e alegria de viver, embora enfrentando dificuldades, porque certos de que a vida nos situará sempre nos campos da misericórdia divina, porém habitando as nossas próprias construções, das quais não teremos de quem lamentar.

Comentários