Coração infantil também precisa de cuidados

 A falta de exercícios e a alimentação inadequada são as principais causas da obesidade infantil. Foi-se o tempo em que uma criança gordinha era vista como saudável. O excesso de peso é uma doença e merece atenção. Provoca o surgimento de diabetes, problemas cardíacos e má formação do esqueleto.
No Brasil, estudos mostram que o índice de obesidade infantil está cinco vezes maior do que há vinte anos. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes são obesos. E oito em cada dez continuam a ter excesso de peso na fase adulta.
A principal causa é a má alimentação, seguida pelo sedentarismo. Os hábitos alimentares, ao contrário do que muitos imaginam, são consequência dos estímulos recebidos na infância. Atualmente há uma tendência para o consumo de alimentos industrializados, os fast foods, que na maioria das vezes são pobres em nutrientes e ricos em açúcar, gorduras e sódio.
Os pais devem ser os maiores incentivadores dos filhos para a ingestão de alimentos ricos em vitaminas como frutas, legumes e verduras. A prática de atividades físicas desde cedo faz crescer o gosto pelo esporte e é importante aliada no combate a problemas cardiovasculares na fase adulta. "O exercício físico ajuda o coração a desenvolver artérias colaterais, que no futuro poderão ser fundamentais para a saúde do coração", explica Américo Tângari Junior, cardiologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O coração de uma criança tem características próprias a serem consideradas no momento da avaliação médica, que deverá ser feita desde a infância até a adolescência pelo médico pediatra. "Qualquer situação anormal identificada pelo pediatra deverá ser investigada por um médico especialista, neste caso o cardiologista", afirma Tângari.

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