Prefeito diz que "não passará a mão na cabeça" do filho, indiciado por agressão e injúria

Diego Alves
O prefeito de Costa Rica, Jesus Queiroz Baird (PMDB), chamou de “molecagem”, o episódio que envolve seu filho, o acadêmico de direito André, 19, junto com o primo Tiago, 21 e os amigos Kiko, 24 anos, e Antônio Marcos, 19, na agressão a um universitário de 21 anos que saia de uma boate na rua 15 de novembro por volta das 4h da última sexta-feira (15), em Campo Grande. Jesus Baird não acredita que a motivação das agressões foi homofóbica, como as vítimas chegaram a alegar. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, pois o inquérito está sob sigilo. “Lamento o ocorrido, e não vou passar a mão na cabeça de ninguém. Eu criei meu filho com princípios, e ele tem de ser responsabilizado”, visou o pai, que se disse decepcionado. O prefeito de Costa Rica diz que deixará os ânimos acalmarem para procurar a família do jovem agredido e prestar apoio. “Poderia ter ocorrido uma coisa mais grave, ainda bem que não”. Jesus Baird disse que os comentários sobre educação familiar não são cabíveis. “Eu tenho certeza que criei meus filhos com princípios, isso é tudo molecagem”, explica. Agressões Na madrugada da sexta-feira (15), a vítima saía de uma boate por volta das 4 horas da manhã junto com outro rapaz de 18 anos, quando foram abordados próximo à Rua Bahia pelos quatro jovens que estavam dentro de um veículo Corsa preto. Ao verem os dois rapazes saíram e agrediram o universitário de 21 anos, enquanto o outro conseguiu fugir. De acordo com a vítima, os rapazes falavam palavras de teor homofóbico. Todos estão sendo indiciados por lesão corporal e injúria, de acordo com a delegada Damiella Kades, do 1° DP. Caso seja provado que todos foram com a intenção de praticar o crime, não por casualidade, podem ser indiciados por formação de quadrilha.

Comentários