Direto da redação
Censo Na segunda-feira, 29, o IBGE divulgou os números oficiais do Censo 2010. Como esta Folha Noroeste já havia adiantado na edição de 06/11/2010, em dez anos a população de Jales cresceu apenas 1,79%, passando de 46.186 para 47.012 moradores. A evolução populacional de nossa cidade ficou bem abaixo das projeções do próprio IBGE, que estimava uma população de 49.996 para Jales. Nosso crescimento ficou também muito abaixo do aumento de 12,3% verificado na população brasileira total. Mas o Censo não trouxe apenas más notícias: o levantamento mostra que, em Jales, existem 1.040 mulheres a mais que os homens.
Até Pontalinda O percentual de crescimento populacional obtido por Jales (1,79%) é o menor entre as principais cidades da região. Em Fernandópolis, por exemplo, a população cresceu 4,96%, enquanto em Santa Fé do Sul o aumento foi de 10,27%. Mirassol (11,34%), Votuporanga (12,01%) e São José do Rio Preto (13,92%) foram outras cidades onde, proporcionalmente, a população cresceu muito mais que Jales. Mas não foram apenas as vizinhas mais conhecidas que cresceram mais que nós: até os nossos ex-distritos Pontalinda, com 15,11%, e Vitória Brasil, com 6,50%, apresentaram números melhores que os de Jales.
Lanterna E as notícias da semana dizem que não foi apenas no crescimento populacional que Jales ocupa a lanterna regional. Os números do emprego formal também demonstram que nossa cidade precisa melhorar muito. Segundo os gráficos divulgados pelo CAGED do Ministério do Trabalho, Jales ficou em último lugar também no quesito geração de empregos, com crescimento de 3,16% nos últimos doze meses. No mesmo período, nossas vizinhas Santa Fé do Sul (5,83%), Votuporanga (9,40%) e Fernandópolis (11,84%), apresentaram resultados bem mais consistentes. Em números absolutos, Fernandópolis abriu 1.432 novos empregos nos últimos doze meses, enquanto em Jales foram abertas apenas 255 novas vagas.
Respeito Não resta a menor dúvida de que os números da geração de empregos e do crescimento populacional estão diretamente ligados entre si. Jales só vai crescer no ritmo de suas vizinhas quando nossos administradores se derem conta de que é preciso estabelecer uma política séria de incentivos à instalação de novas indústrias, ou, pelo menos, traçar um plano para tentar manter as que ainda estão por aqui. Seria importante também que os nossos comerciantes fossem tratados com mais respeito. Afinal, a cidade continua crescendo graças ao nosso comércio que, em suma, continua sendo o grande gerador de empregos e impostos.
Decoração
Falando em comércio, o presidente da Associação Comercial, Wainer Pedrosa, esteve no rádio onde disse que, conforme informações do vice-prefeito Clóvis Viola, a decoração natalina preparada pela Prefeitura para este final de ano deverá resumir-se à instalação de duas árvores de Natal em pontos estratégicos. Uma delas, por sinal, já teria sido instalada no Portal de Entrada da cidade, mas, segundo informações, não resistiu à primeira chuva. O presidente da ACE revelou também que chegou a participar de três reuniões com membros da administração municipal e alguns artesãos jalesenses para planejar a decoração deste ano, mas a coisa empacou quando se disse que a Prefeitura teria que investir R$ 15 mil.
Motor fundido O vereador Jota Erre está questionando o prefeito Parini sobre a aquisição de um caminhão usado. Segundo o tucano, a Prefeitura pagou cerca R$ 80 mil por um caminhão Mercedes que, depois de dois ou três meses de uso, teria fundido o motor e, por conta disso, estaria “encostado” há mais de quatro meses no almoxarifado municipal. No rádio, Parini confirmou que o caminhão foi adquirido no início do ano e argumentou que a aquisição foi feita de acordo com a legislação. Não esclareceu, entretanto, se a Prefeitura providenciou uma avaliação sobre as condições do motor do caminhão, antes de adquiri-lo.
Na frente A vereadora Tatinha deu a notícia durante a sessão da Câmara de segunda-feira: o reitor da UFSCAR, Targino de Araújo Filho, anunciou a criação de um novo campus daquela Universidade Federal na pequena cidade de Buri, a 130 quilômetros de Sorocaba. E o que Jales tem a ver com isso? Como se sabe, desde que assumiu a Prefeitura, em 2005, Parini vem anunciando a possibilidade de Jales ser beneficiada com um campus avançado da UFSCAR, mas, ao que tudo indica, o pessoal de Buri foi mais rápido. As obras do novo campus – no qual serão investidos R$ 60 milhões – começarão em 2011 e os primeiros cursos deverão ser iniciados em 2012.
Otimismo Apesar da notícia, o prefeito Parini continua demonstrando otimismo. Em entrevista ao repórter e vereador Osmar Rezende, ele disse que as negociações com a UFSCAR estão avançadas e citou a eleição do ex-prefeito de São Carlos, Newton Lima, para a Câmara Federal, como um ponto favorável a Jales. Newton Lima, que obteve a confiança de 217 eleitores jalesenses, esteve por aqui em julho deste ano, quando em companhia do reitor Targino de Araújo Filho, garantiu que a instalação de um campus avançado em Jales só estava dependendo de um aumento no orçamento da UFSCAR, a ser buscado junto ao governo federal.
Lógica A lógica, no entanto, conspira contra o otimismo de Parini. Afinal, o campus de Buri será apenas o terceiro a ser implantado pela Universidade Federal de São Carlos, em 40 anos de existência. Antes, em 1991, foi instalado o campus da UFSCAR em Araras e, em 2005, foi a vez de Sorocaba ser beneficiada com a instalação de um campus daquela Universidade. Só nos resta torcer para que a lógica esteja errada. Ou confiar que, em 2011, o orçamento da UFSCAR seja bem maior que os R$ 150 milhões de 2010.
Mais emprego O prefeito de Fernandópolis, Luiz Villar(DEM), recebeu na sexta-feira da semana passada a visita de quatro empresários chineses, interessados em instalar uma fábrica de calçados na Zona de Processamento de Exportações (ZPE) da ex-Vila Pereira. Segundo a notícia, os empresários, que possuem uma fábrica na China com 6 mil funcionários, vieram conhecer as vantagens e a infra-estrutura da ZPE fernandopolense. Para quem não sabe, o deputado petista Devanir Ribeiro, que obteve 231 votos em Jales, foi um dos principais responsáveis pela instalação da ZPE em Fernandópolis, onde ele recebeu 2.911 votos.
Muito pouco Juliano Matos, que foi candidato a deputado federal pelo PSOL, mandou correspondência para a Folha Noroeste onde comenta as emendas feitas em favor de Jales por sete deputados estaduais, conforme noticiou este jornal na semana passada. Na opinião de Juliano, os R$ 5 milhões que esses deputados estão carimbando com o nome de Jales representa muito pouco diante do que eles poderiam ou deveriam fazer por nossa cidade. Juliano não disse, mas o pior de tudo é que boa parte dessas emendas nem vai ser liberada. É só prá inglês ver.
Censo Na segunda-feira, 29, o IBGE divulgou os números oficiais do Censo 2010. Como esta Folha Noroeste já havia adiantado na edição de 06/11/2010, em dez anos a população de Jales cresceu apenas 1,79%, passando de 46.186 para 47.012 moradores. A evolução populacional de nossa cidade ficou bem abaixo das projeções do próprio IBGE, que estimava uma população de 49.996 para Jales. Nosso crescimento ficou também muito abaixo do aumento de 12,3% verificado na população brasileira total. Mas o Censo não trouxe apenas más notícias: o levantamento mostra que, em Jales, existem 1.040 mulheres a mais que os homens.
Até Pontalinda O percentual de crescimento populacional obtido por Jales (1,79%) é o menor entre as principais cidades da região. Em Fernandópolis, por exemplo, a população cresceu 4,96%, enquanto em Santa Fé do Sul o aumento foi de 10,27%. Mirassol (11,34%), Votuporanga (12,01%) e São José do Rio Preto (13,92%) foram outras cidades onde, proporcionalmente, a população cresceu muito mais que Jales. Mas não foram apenas as vizinhas mais conhecidas que cresceram mais que nós: até os nossos ex-distritos Pontalinda, com 15,11%, e Vitória Brasil, com 6,50%, apresentaram números melhores que os de Jales.
Lanterna E as notícias da semana dizem que não foi apenas no crescimento populacional que Jales ocupa a lanterna regional. Os números do emprego formal também demonstram que nossa cidade precisa melhorar muito. Segundo os gráficos divulgados pelo CAGED do Ministério do Trabalho, Jales ficou em último lugar também no quesito geração de empregos, com crescimento de 3,16% nos últimos doze meses. No mesmo período, nossas vizinhas Santa Fé do Sul (5,83%), Votuporanga (9,40%) e Fernandópolis (11,84%), apresentaram resultados bem mais consistentes. Em números absolutos, Fernandópolis abriu 1.432 novos empregos nos últimos doze meses, enquanto em Jales foram abertas apenas 255 novas vagas.
Respeito Não resta a menor dúvida de que os números da geração de empregos e do crescimento populacional estão diretamente ligados entre si. Jales só vai crescer no ritmo de suas vizinhas quando nossos administradores se derem conta de que é preciso estabelecer uma política séria de incentivos à instalação de novas indústrias, ou, pelo menos, traçar um plano para tentar manter as que ainda estão por aqui. Seria importante também que os nossos comerciantes fossem tratados com mais respeito. Afinal, a cidade continua crescendo graças ao nosso comércio que, em suma, continua sendo o grande gerador de empregos e impostos.
Decoração
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| A árvore de Natal erguida em um dos pontos "estratégicos" da cidade, atrás do viaduto José Carlos Guisso, cujo decorador não calculou corretamente até que ponto ela aguentaria vento e chuva, deu no que deu como mostra a foto. Prejuízo |
Motor fundido O vereador Jota Erre está questionando o prefeito Parini sobre a aquisição de um caminhão usado. Segundo o tucano, a Prefeitura pagou cerca R$ 80 mil por um caminhão Mercedes que, depois de dois ou três meses de uso, teria fundido o motor e, por conta disso, estaria “encostado” há mais de quatro meses no almoxarifado municipal. No rádio, Parini confirmou que o caminhão foi adquirido no início do ano e argumentou que a aquisição foi feita de acordo com a legislação. Não esclareceu, entretanto, se a Prefeitura providenciou uma avaliação sobre as condições do motor do caminhão, antes de adquiri-lo.
Na frente A vereadora Tatinha deu a notícia durante a sessão da Câmara de segunda-feira: o reitor da UFSCAR, Targino de Araújo Filho, anunciou a criação de um novo campus daquela Universidade Federal na pequena cidade de Buri, a 130 quilômetros de Sorocaba. E o que Jales tem a ver com isso? Como se sabe, desde que assumiu a Prefeitura, em 2005, Parini vem anunciando a possibilidade de Jales ser beneficiada com um campus avançado da UFSCAR, mas, ao que tudo indica, o pessoal de Buri foi mais rápido. As obras do novo campus – no qual serão investidos R$ 60 milhões – começarão em 2011 e os primeiros cursos deverão ser iniciados em 2012.
Otimismo Apesar da notícia, o prefeito Parini continua demonstrando otimismo. Em entrevista ao repórter e vereador Osmar Rezende, ele disse que as negociações com a UFSCAR estão avançadas e citou a eleição do ex-prefeito de São Carlos, Newton Lima, para a Câmara Federal, como um ponto favorável a Jales. Newton Lima, que obteve a confiança de 217 eleitores jalesenses, esteve por aqui em julho deste ano, quando em companhia do reitor Targino de Araújo Filho, garantiu que a instalação de um campus avançado em Jales só estava dependendo de um aumento no orçamento da UFSCAR, a ser buscado junto ao governo federal.
Lógica A lógica, no entanto, conspira contra o otimismo de Parini. Afinal, o campus de Buri será apenas o terceiro a ser implantado pela Universidade Federal de São Carlos, em 40 anos de existência. Antes, em 1991, foi instalado o campus da UFSCAR em Araras e, em 2005, foi a vez de Sorocaba ser beneficiada com a instalação de um campus daquela Universidade. Só nos resta torcer para que a lógica esteja errada. Ou confiar que, em 2011, o orçamento da UFSCAR seja bem maior que os R$ 150 milhões de 2010.
Mais emprego O prefeito de Fernandópolis, Luiz Villar(DEM), recebeu na sexta-feira da semana passada a visita de quatro empresários chineses, interessados em instalar uma fábrica de calçados na Zona de Processamento de Exportações (ZPE) da ex-Vila Pereira. Segundo a notícia, os empresários, que possuem uma fábrica na China com 6 mil funcionários, vieram conhecer as vantagens e a infra-estrutura da ZPE fernandopolense. Para quem não sabe, o deputado petista Devanir Ribeiro, que obteve 231 votos em Jales, foi um dos principais responsáveis pela instalação da ZPE em Fernandópolis, onde ele recebeu 2.911 votos.
Muito pouco Juliano Matos, que foi candidato a deputado federal pelo PSOL, mandou correspondência para a Folha Noroeste onde comenta as emendas feitas em favor de Jales por sete deputados estaduais, conforme noticiou este jornal na semana passada. Na opinião de Juliano, os R$ 5 milhões que esses deputados estão carimbando com o nome de Jales representa muito pouco diante do que eles poderiam ou deveriam fazer por nossa cidade. Juliano não disse, mas o pior de tudo é que boa parte dessas emendas nem vai ser liberada. É só prá inglês ver.
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