Fernandópolis quer tornar-se um novo pólo agroenergético e realiza congresso do setor

A região noroeste do Estado de São Paulo é considerada uma das últimas fronteiras paulistas de expansão das usinas de cana-de-açúcar. Esta análise baseia-se na constatação de que as regiões pioneiras do setor como Ribeirão Preto e Piracicaba já estão esgotadas e de que as regiões de Catanduva e Araçatuba estão consolidadas na produção de cana.

Luis Antonio Arakaki, diretor do Grupo Arakaki e um dos responsáveis pela pasta de Desenvolvimento Sustentável do município, ressalta que Fernandópolis tem feito várias ações para tornar a região um novo pólo de infraestrutura para o setor sucroenergético.
Este projeto abrange a região de Fernandópolis num raio de 100 quilômetros. Hoje, nesta área, estão localizadas cerca de dezesseis usinas. A diretoria de desenvolvimento tem dado incentivos municipais para trazer novas empresas voltadas ao setor sucroenergético para estabelecerem-se na cidade.
Destaque para os cursos de capacitação profissional nesse setor nas faculdades e escolas técnicas do município. Como por exemplo, o investimento de R$ 9,5 milhões do governo estadual paulista para a construção de uma nova unidade de expansão da ETEC – Centro Paula Souza - que começará a funcionar em fevereiro de 2011 com os cursos de Logística, Manutenção e Operação de Máquinas Agrícolas e Veículos Pesados e também Técnico em Mecanização de Agricultura de Precisão.
Arakaki ressalta que toda a grade curricular foi elaborada por profissionais de usinas da região. Esses cursos, além da alta qualidade, são gratuitos e capacitam os alunos, deixando-os aptos ao mercado de trabalho. “Os alunos que entrarem nestes cursos já sairão empregados pela capacidade de absorção do mercado.”, ressalta Luis.
Além deste investimento, há também as parcerias público-privadas. As usinas da região uniram-se e montaram o laboratório para o curso de Técnico Sucroalcooleiro da ETEC. Há também cursos de graduação voltados para o setor agroenergético, como os da Unicastelo - Agronomia (diurno e noturno), Medicina Veterinária e Administração de Empresas, bem como os da FEF - Tecnólogo em Açúcar e Álcool, Engenharia Ambiental e Administração de Empresas.
Além disso, Fernandópolis é a única cidade no Estado que possui uma Zona de Processamento de Exportação. Outro benefício para o desenvolvimento do setor nesta região é que será em Fernandópolis o entroncamento da ferrovia Norte-Sul, que sai de Belém (PA) e corta o país de norte a sul (o projeto é para que a ferrovia chegue até Estado do Rio Grande do Sul).
Para dar força ao pólo de agroenergia, Fernandópolis também possui as revendas de tratores, colhedeiras e implementos agrícolas Massey Ferguson, New Holland, Valtra e Rodotractor.
Novas empresas também chegaram, como as revendas de caminhões Ford e a Star Class Mercedez-Bens, Ortolan Equipamentos Hidráulicos, TBT Engenharia (indústria de base), INMETRO, WEG (máquinas elétricas e automação para indústria e sistema de energia). Estão chegando ainda a estação de bombeamento do poliduto e muitas outras empresas cujas instalações já estão garantidas. Fernandópolis também foi uma das cidades escolhidas pela multinacional Syngenta para fazer os testes de implementação do Plene, que é um sistema revolucionário de plantação de cana-de-açúcar.
Congresso de Agroenergia e Gestão
Em outubro a cidade sediará o 3º Congresso de Agroenergia e Gestão de Fernandópolis e Região. Todos os dias o congresso abrirá seus trabalhos às 19h00. O evento será realizado no campus da Unicastelo
26 de Outubro
Luis Antonio Arakaki - Diretor do Grupo Arakaki
Renato Amaro Zangaro - Pró-Reitor da Unicastelo
Paulo Nascimento – Presidente da FEF
Marie Egashira - Gerente administrativa regional do Grupo Cosan
27 de Outubro
Marcos Sawaya Jank - Presidente da UNICA
Celso Junqueira - Presidente da UDOP
28 de Outubro
Márcio Farah - Gerente Comercial da Syngenta
João Araújo - Administrador de Empresas

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