Sem toque de recolher, mas com fiscalização rigorosa

Por Analídia Müller

Nesta quinta-feira, 9 de setembro, o Fórum da Cidadania de Jales esteve reunido mais uma vez, para discutir o envolvimento de menores em situações de risco. Durante a mesma foi passado aos veículos da imprensa presente uma nota pública sobre a decisão desse órgão apoiar as ações que serão implementadas pelas Polícias Militar e Civil da cidade em um plano de execução para atender os jovens que cometerem delitos.

Essa não foi a primeira vez que representantes de vários setores dentro de nossa sociedade sentaram para buscar melhorias para a segurança para a comunidade jalesensse. Os encontros vêm tendo uma seqüência que começou quando o Conselho de Segurança Comunitário enviou uma carta ao Fórum pedindo que fossem estudadas juntamente com o judiciário as ações de segurança que tem sido implementadas em Fernandópolis, principalmente sobre o Toque de Recolher.
O Fórum da cidadania esteve em reunião com o juiz de direito da 3ª Vara da Comarca de Jales, responsável pela Vara da Infância e Juventude; representante do Ministério Público Estadual e titular da área da Infância e Juventude; Prefeito Municipal e presidente da Câmara Municipal; Delegado Seccional e Delegados titulares da DIG e de Entorpecentes; bem como do comandante do 16º Batalhão da 2ª Companhia da Policia militar em Jales, membros do Conselho tutelar; do Conselho de Segurança do Município, além das entidades representativas que integram o Fórum.
Todos esses discutiram anteriormente sobre a implantação do toque de recolher, sendo viável ou não a sua aplicação na cidade de Jales. Ficou definido que será feito nesse município uma intensificação na vigilância por parte das Polícias e do Conselho Tutelar, para inibir o consumo de entorpecentes, a ingestão de bebidas alcoólicas por menores, delitos praticados contra patrimônios, perturbação do sossego alheio e outros afins.
Ficou deliberado então que o Fórum vai apoiar as medidas que a polícia Civil e Militar vão tomar na cidade. Ainda não estão definias as ações, mas vão visar à coibição dessa sensação de impunidade que os cidadãos estão observando em Jales.
De acordo com o advogado e Coordenador do Fórum da Cidadania, Carlos Alberto Expedito Brito “é necessário a realização de ações policiais especificas para esse problema, porque as pessoas estão tendo a sensação de que não está sendo feito nada quanto a essa situação, principalmente no tocante aos menores e é preciso que toda a população apóie agora as iniciativas das polícias”, explicou.
Ele disse que “agora haverá um trabalho em conjunto das polícias, conselho tutelar e judiciário. Vamos ter o efeito de mais trabalho sendo feito por meio de um policiamento intensivo nas ruas. Alexandre Rensi presidente da AERJ pede à população que colabore com a atuação policial. O cidadão comum pode ser atingido pelas ações e por isso pedimos a colaboração e entendimento que as fiscalizações e comandos são para o próprio bem da população de maneira geral”, afirmou.
O Fórum quer que a opinião pública saiba que agora existirá uma fiscalização mais coordenada, mais efetiva e pede aos policiais da cidade que atuem com mais rigor no momento das inspeções para melhorar a segurança pública na cidade de Jales.
O Fórum da Cidadania propõem ao Poder Municipal: planejamento de políticas públicas nas áreas de lazer, esporte e cultura: incluir no orçamento municipal construções de praças desportivas nos bairros da cidade objetivando desenvolver práticas de esporte com crianças e adolescentes carentes; apoio do Poder Público Municipal as iniciativas do Terceiro Setor que tenham como objetivo projetos de cidadania nas áreas de esporte cultura e lazer; melhoria na iluminação pública, com a limpeza dos globos”troca das lâmpadas nas áreas central e periféricas da cidade; revitalização praças centrais da cidade, melhorando a iluminação pública e ainda implementando a vigilância do patrimônio público, evitando a depredação de postes, banheiros, etc; fiscalização dos estabelecimentos comerciais que tem como atividade comercial a venda e comércio de bebidas alcoólicas, fazendo a verificação dos alvarás de funcionamento. Se necessário, elaboração de legislação municipal específica ou aperfeiçoamento das existentes, adequando a realidade local e, firmar parcerias com a iniciativa privada para a aquisição e instalação de câmeras de monitoramento nas principais áreas da cidade, reforçando a fiscalização das Polícias em Jales.

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