Revitalização do centro causa muito incômodo

Por Analídia Müller


 



O maior questionamento da comunidade é para a retirada das árvores que ficavam no canteiro da Avenida, mas ainda incomodam-se com o transtorno para estacionar, a dificuldade para ter acesso às lojas que se situam na calçada em processo de revitalização e também quem não ficou satisfeito com o resultado em frente a seu comércio.
O projeto de revitalização tem por objetivo tornar a Avenida Francisco Jales que de acordo com o chefe de gabinete do Prefeito Humberto Parini, Léo Huber é o nosso cartão de visita, mais atrativa para os visitantes, beneficiar a população com as adequações feitas para a acessibilidade por meio do piso tátil, incentivar o crescimento do comércio e ainda evitar problemas como os de enchentes já que as antigas pedras eram impermeáveis e as atuais tem como função absorver a água das chuvas.
Para a arquiteta Silmara Suetugo as obras estão apresentando três pontos de extrema importância para os cidadãos que são: “A retirada das árvores desnecessária, pois não havia fiação elétrica no local, a maioria delas estavam saudáveis e foi feita sem a consulta da população. Outro ponto é a pedra, que antigamente existia uma lei que dizia que a pedra deveria estar no centro cidade conservando o mosaico original e não podendo ser pintadas. Eu não sei como foi feito isso, mas mudaram o plano diretor que é o código de posturas do município de Jales para poder fazer essa modificação. E outra situação muito drástica que nisso cabe embargo da obra é a qualidade com está sendo feita a obra” afirmou.
O Chefe de Gabinete, Léo Huber afirmou que atualmente não se usa aquela pedra quando se reforma uma calçada. “Sempre que se reformam as calçadas é colocado um novo conceito de material levando em consideração a estética e a permeabilidade do terreno onde é feito o calçamento. Nós escolhemos esse piso, pois além de ser contemporâneo ele permite que a água da chuva seja absorvida pela calçada. Esse é o grande diferencial para a calçada anterior” disse.
A arquiteta ainda evidenciou o fato de muitas pedras que foram colocadas recentemente já estão quebradas, desalinhadas, soltas e ficaram no mesmo nível da entrada das lojas o que pode trazer muitos transtornos em dias de chuva.
Léo Huber afirmou que não há porque se preocupar nesse momento com as peças quebradas já que a obra não chegou ao fim. “A prefeitura ainda não recebeu entrega de obra nenhuma, então a empreiteira tem que se responsabilizar. Diversas coisas já foram corrigidas, mas logicamente essas peças terão que ser trocadas antes da entreva e isso não nos preocupa muito porque antes de ser concluída vão ter que voltar e fazer uma revisão dos problemas que ficaram para trás”.Os comerciantes e seus funcionários são os mais atingidos pelos desconfortos da revitalização que vai do incômodo da poeira levantada na frente dos estabelecimentos até a diminuição do movimento nas lojas devido à dificuldade de acesso que é criada é o que argumenta a vendedora Adriana Mussato. “Com as obras em frente à loja todos os dias enfrentamos a poeira e isso desagrada os clientes, fazendo até com que o fluxo de pessoas seja menor, suja muito o ambiente e também nos causa mal estar devido ao tempo muito seco que enfrentamos e a falta das árvores que traziam um frescor ao circularmos pelo centro da cidade”, enfatizou.
De acordo com a prefeitura os transtornos são inevitáveis durante uma obra, mas vão trazer melhorias para toda a população. Quanto às árvores que foram retiradas e toda a população vem reivindicando providências o governo municipal afirma que estavam doentes e as saudáveis apresentam tamanhos muito diferentes por isso haverá uma substituição delas por palmeiras que já apresentem uma certa estatura, existindo assim uma estética harmoniosa.

Comentários