O fecho de ouro do Jubileu de Jales

Há momentos na vida que não se esquece mais. Para quem participou da romaria de Jales, neste domingo dia 15 de agosto, com certeza não vai esquecer a bonita celebração, participada intensamente pelos milhares de romeiros que vieram a Jales para celebrar o jubileu de ouro da Diocese.

A começar pela caminhada de três quilômetros, cadenciada por orações, cantos, reflexões profundas que iam sendo semeadas com fartura ao longo do percurso, pelas ruas da cidade, com os moradores aguardando a vez para se unirem à procissão. Não há liturgia mais participada, do que uma caminhada de quilômetros, conduzida pela certeza da comunhão com os irmãos e pela tranqüilidade do rumo a seguir e da meta a alcançar. Assim foi a caminhada do povo, tendo à frente a cruz, os bispos e os padres a garantirem o ritmo bom e moderado.
Chegados à praça da catedral, foi possível dimensionar melhor a multidão que tinha vindo e tinha chegado. O grande cruzeiro da fundação da cidade, resgatado no jubileu de prata, continuava sendo o ponto de referência para compor a assembléia litúrgica, motivada para celebrar o jubileu de ouro da Diocese de Jales, no contexto da história da presença da Igreja em nosso país.
O Evangelho cantado, com o magnificat entoado por voz feminina, correspondia bem ao clima de fé que a data sugeria. Seguindo depois uma linda encenação que apresentou a comunidade de Antioquia, descrita nos Atos dos Apóstolos, e apresentada como inspiração para as nossas comunidades eclesiais de hoje, que precisam despertar para a missão como transbordamento de sua comunhão, como aconteceu com Antioquia.
Após isto, a celebração eucarística continuou tranquila, com a certeza do banquete que era abundante para todos. Porém os gestos mais expressivos estavam guardados para o final. Uma rica sequência de bênçãos, das águas que existem em abundância na região, das famílias, das comunidades, e da própria diocese.
Mas antes da solene bênção final, a surpresa que iria deixar o povo extasiado. A Diocese expressou o seu “plano de pastoral” em forma de balões, nos quais foram escritos, em cores diversas, as diversas pastorais, os movimentos, os organismos e os serviços da diocese, articulados entre si, segurando o quadro de Maria da Assunção, até o momento em os balões foram soltos, para ver o rumo que tomavam. E foram se erguendo lentamente, levando a imagem da Virgem sempre mais alto e mais longe, enquanto o povo extasiado olhava para ela. Estava assegurado que o “plano de pastoral da Diocese” estava decolando, e podia contar com a bênção de Deus e a proteção de Maria. Estava terminada a celebração, estava concluído o Ano Jubilar da Diocese de Jales. E com certeza, no próximo jubileu de mais 50 anos, haverá muita gente que vai recordar o que foi a bonita romaria deste domingo, conclusiva do Jubileu de ouro da Diocese de Jales. (D. Demetrio Valentini)

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