FolhaGeral

Forum

A novidade da semana ficou por conta da reunião convocada pelo chamado Forum da Cidadania, uma espécie de colegiado que, de vez em quando, dá sinais de vida, mas, até onde se sabe, nunca foi ouvido em alguma decisão mais importante. Consta que o prefeito e a Câmara de vereadores foram – pela primeira vez em vários anos de pseudo-existência do Forum – convidados para sentarem-se à mesa com a plêiade de jalesenses que formam a ilustre confraria. O convite ao prefeito tinha lá suas razões: as cabeças privilegiadas que integram o Forum queriam apresentar uma série de idéias para melhorar a cidade e, principalmente, reivindicar que a sociedade organizada – representadas por eles, claro - seja ouvida pela administração municipal.
Sono
É provável que a novela em que se transformou o malsinado projeto de “revitalização” do centro comercial tenha sido a senha para que o Forum da Cidadania acordasse do sono profundo em estava mergulhado já há alguns anos. Por outro lado, é louvável defender a idéia de que a sociedade deva ser ouvida nas decisões de governo, mas o problema é que, no caso da atual administração, a Inês talvez já esteja morta. Afinal, se o prefeito Parini, em quase seis anos de mandato, não deu ouvidos ao que pensa a tal sociedade organizada, não vai ser agora, faltando pouco mais de dois anos prá fechar sua administração, que ele vai ouvir.
Sem material
Falando em “revitalização”, a troca do calçamento do centro da cidade foi novamente assunto nos noticiários radiofônicos da semana. Dessa vez, um comerciante resolveu sair do silêncio para criticar a falta de planejamento da obra, que está sendo tocada pela Construtora Miranda & Alves Ltda. E não é prá menos: segundo o comerciante, a obra está paralisada há mais de uma semana e os representantes da empresa, questionados sobre a paralisação, argumentaram que estão sem material para realizar os serviços.
Seguindo a lei
Em respeito ao que recomenda a lei eleitoral, a Prefeitura de Jales providenciou uma espécie de tarja para esconder símbolos e frases que lembrem os governos federal e estadual, inscritos em veículos oficiais ou em placas de obras. Mas a lei parece não valer para algumas cidades da região, que continuam desfilando seus ônibus amarelos com tais símbolos e frases à mostra. E, mesmo em Jales, a recomendação não está valendo para a placa instalada no terreno da Igreja Matriz – aquela que anuncia a “revitalização” do centro - que continua exibindo a logomarca do governo estadual.
Terceira idade
A questão do idoso em nossa cidade sempre foi um balaio de gatos. E, pelo jeito, vai continuar assim. A Prefeitura inaugurou há algum tempo dois espaços – um deles anexo ao Poliesportivo do Paraíso e outro nas proximidades da Facip - supostamente destinados à terceira idade, mas, apesar das inaugurações, o lazer dos idosos locais continua se resumindo ao movimentado forró realizado na antiga sede do Centro de Convivência do Jardim São Jorge, próximo ao velório. Mas até mesmo o forró já corre perigo: consta que a diretoria do Centro de Convivência foi comunicada um dia desses para deixar o prédio, que pertence ao município, fato que teria levado alguns idosos a se pintarem para a guerra.
Bom humor
E o impoluto ex-governador Paulo Maluf esteve em Jales na terça-feira, onde, acompanhado do deputado Vadão Gomes, foi recebido no gabinete do prefeito Parini. Quem acompanhou a reunião garante que Maluf esbanjava otimismo, apesar dos problemas que a Lei da Ficha Limpa poderá lhe trazer. O bom humor de Maluf não foi abalado nem pela notícia veiculada naquele mesmo dia pelos principais jornais do país, segundo a qual o ex-governador sofrera um revés no Supremo Tribunal Federal, em processo movido pelo governo da França. Os franceses o acusam de lavagem de dinheiro e investigam uma conta bancária com saldo superior a R$ 5,9 milhões, supostamente pertencentes à família de Maluf.
Culpa da Câmara
O presidente da Câmara, Luís Especiato, foi ao rádio onde reclamou da maneira como a Prefeitura promoveu o corte da insalubridade de alguns funcionários municipais. Especiato esclareceu também que já teria conversado com o prefeito Parini sobre o caso e que este lhe prometera rever possíveis injustiças. No mesmo dia, a Prefeitura enviou nota à imprensa, onde, sem nenhuma sutileza, atribui parte da responsabilidade pelo corte da insalubridade à própria Câmara. A nota afirma e reafirma que a Prefeitura estaria apenas cumprindo uma Lei aprovada pelos vereadores.
Cuidados
Apesar da tentativa de dividir o ônus com a Câmara, é bem possível que a trapalhada tenha sido causada por algum equívoco dos assessores de Parini na interpretação da lei. Afinal de contas, o laudo que serviu de base à aprovação da lei, foi, segundo fontes, realizado por uma empresa indicada pelo Sindicato dos Servidores e, não bastasse isso, a Câmara ainda tomou o cuidado de, antes da aprovação da lei, discuti-la com os representantes do funcionalismo. É lógico deduzir, portanto, que o problema não esteja na aprovação da lei, mas na sua interpretação.
PAC-2
O prefeito de Birigui, Wilson Carlos Rodrigues Borini (PMDB), viajou para Brasília na nesta quinta-feira (12) para tentar a obtenção de recursos para investimentos em infraestrutura no município. Ele pretende viabilizar a liberação de R$ 20 milhõe, para aplicação em pavimentação, construção de galerias e canalização de córregos. Os recursos são referentes ao PAC-2.
Erramos
Por um erro de edição, a Folha Noroeste publicou na semana passada, material sobre a inauguração da nova sede da Diocese, que deveria ser publicado somente neste final-de-semana. Quem acompanha a trajetória da Folha Noroeste, sabe do zelo que o jornal sempre dedicou à ética, bem como do respeito dispensado aos demais órgãos de imprensa. Não seria lógico, portanto, supor que esta Folha Noroeste, ao publicar o material antes dos demais concorrentes, o tenha feito com o objetivo de causar algum prejuízo a quem quer que seja.

Comentários