Folha Geral

O segredo do sucesso

Chama-se O Tempo a nova revista que começou a circular em Jales e, segundo o diretor da publicação, em mais 399 cidades do estado de São Paulo. E, pelo que se vê na primeira edição, já se pode dizer que O Tempo é mais uma daquelas publicações feitas sob medida para bajular prefeitos e correlatos. A capa da edição número um traz foto do nosso prefeito inaugurando o Portal da cidade, devidamente encimada por frase onde se lê que “trabalho e muita dedicação são os segredos do sucesso da administração de Humberto Parini”.
Em busca da insalubridade perdida
Não está sendo nada fácil a vida de bombeiro do vereador Luís Especiato. Depois de debelar um início de incêndio na Secretaria de Saúde, onde algum gênio cismou de cortar as horas extras dos motoristas, Especiato agora gasta suas energias tentando apagar as chamas que ainda ardem por conta do corte da insalubridade de parte dos servidores municipais. Sabe-se que a ordem para que insalubridade fosse suprimida partiu de um assessor muito próximo ao prefeito Parini. Consta também que Parini já teria determinado a revisão de alguns casos e autorizado o pagamento imediato, mas a Secretaria de Finanças fez ouvidos moucos.
Novela
Mais um capítulo da novela “revitalização”: desde sexta-feira da semana passada alguns materiais podem ser vistos no canteiro central da Avenida Francisco Jalles, à espera do recomeço das obras, as quais, no entanto, continuam paralisadas. Enquanto isso, já se pode observar que, no quarteirão onde as obras aparentemente foram concluídas, alguns daqueles famosos tijolinhos vermelhos já começam a se soltar. E nem começou a temporada de chuvas.
Reunião
Algumas informações vindas do Paço dão conta de que o secretário de Obras, Marcos Miranda, estaria se reunindo com os sócios da empresa responsável pelos serviços da “revitalização”, a Construtora Miranda & Alves Ltda, e com o representante da empresa fornecedora dos tijolos vermelhos. Na pauta, a discussão sobre a qualidade do trabalho executado no primeiro quarteirão, por sinal, péssima. E, apesar da lambança em que se transformou a tal de “revitalização”, a Câmara, onde o assunto deveria estar sendo discutido, continua alheia a tudo.
Sessões relâmpagos
Por falar em Câmara, alguns vereadores perderam o gosto pelo microfone depois que as sessões deixaram de ser transmitidas pelo rádio. E a produção também caiu bastante. Na sessão de segunda-feira, por exemplo, foram apresentados apenas três requerimentos, duas moções e meia-dúzia de indicações. As sessões, que em outros tempos arrastavam-se por três ou quatro horas, não estão durando mais que cinquenta minutos.
Sucessão
Pode parecer cedo, mas a briga entre os aliados de Parini pela sucessão do prefeito promete ficar acirrada já no ano que vem. Especiato, como se sabe, já botou o bloco na rua, enquanto o vice Clóvis Viola mantém as esperanças de ser o escolhido. E tem gente apostando que a vereadora Pérola Cardoso e o novo líder político da região, Paulo Mariani, estão correndo por fora. Por seu lado, o vereador Rivelino Rodrigues já manifestou a alguns interlocutores que também é candidato a candidato.
Liderança
A qualificação de Mariani como “novo líder político da região” foi dada pelo médico Luís Roberto Baitelo em material de divulgação do candidato a deputado. E o novo líder tem se esforçado para dar visibilidade à sua candidatura: no domingo, ele compareceu ao almoço da APAE, onde distribuiu sorrisos e cumprimentos, mesa por mesa.
Esqueceram de mim XV
A eleição para a escolha dos cinco conselheiros tutelares de Jales, que estava acontecendo na escola Elza Pirro Viana, no domingo passado (22), foi suspensa e transferida para este domingo (29). O motivo da suspensão não deixa de ser engraçado: depois de quase duas horas de iniciada a votação, descobriu-se que o nome de uma das candidatas inscritas não constava da cédula oficial. Considerando o tempo que levaram pra descobrir a gafe, pode-se deduzir que a candidata em questão seria bem votada.
Negligência
No botequim da vila, comenta-se que ninguém quis saber de assumir a responsabilidade pela falha. Pelo contrário, dizem que os componentes da comissão responsável pela eleição preferiram jogar a culpa no mordomo que, no caso, seria a gráfica encarregada de imprimir as cédulas. Mas qualquer criança da pré-escola sabe que a tal de Comissão Organizadora tinha a obrigação de conferir a cédula, depois de impressa pela gráfica. Ainda não se sabe quem vai arcar com o prejuízo, mas tudo indica que a conta vai sobrar para os contribuintes.
Usufruto
Como acontece em todas as eleições, pela cidade vê-se painéis e cartazes de políticos à mostra. Claro que os responsáveis pela campanha no município procuram os locais estratégicos. As ilhas das avenidas e calçadas das praças, começam a ser enfeitadas com as caras dos candidatos a deputados. Como são definidas como públicas, no caso, a lei eleitoral não proíbe a colocação de cartazes e painéis nessas áreas?
Fim
O juiz de direito Eduardo Henrique de Moraes Nogueira, da 1ª Vara da Comarca de Jales, julgou extinto processo de ressarcimento proposto pela Prefeitura de Jales contra o ex-prefeito Antonio Sanches Cardoso. Valor da causa R$ 100 mil.
Assustando
“Quem mora aluguel não aguenta”, trecho de uma música que cabe bem nos dias atuais. Sete meses depois de aprovada, e entrar em vigor, a Lei do Inquilinato criou uma expectativa que segundo os ditos especialistas do setor imobiliário haveria um aumento de na oferta de imóveis para locação e uma redução no valor do preço dos aluguéis. Pelo que se pôde sentir, a Lei do Inquilinato só trouxe apreensão para os locatários, uma vez que na demanda de imóveis para alugar não houve um “boom” e os preços começaram a subir, principalmente em Jales, onde a renda “per capita” deduza-se, gira em torno de R$ 1.200,00.

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