FolhaGeral

Fechado prá balanço

O vereador Rivelino Rodrigues (PPS) deve estar brincando. Ou então está mesmo por fora do que anda acontecendo nos arredores da Prefeitura. Nesta semana ele protocolou um requerimento na Câmara Municipal, onde, depois de tecer vários e legítimos comentários sobre a importância de um museu, pergunta ao prefeito sobre a possibilidade de manter o Espaço Cultural “José Carlos Guisso” aberto nos finais de semana. Acontece que já faz algum tempo que o museu, por determinação do prefeito, foi devidamente fechado, com seus funcionários transferidos prá outros setores.
Quanto custa
E parece que o vereador Jota Erre, que tem demonstrado muita preocupação com o asfalto feito pela
Prefeitura em 2008, resolveu agora voltar suas atenções para outro assunto polêmico. O vereador tucano está querendo saber uma série de informações sobre o recolhimento do lixo em nossa cidade, que, como se sabe, foi terceirizado para a empresa Ecopav. Entre outras coisas, Jota Erre quer saber os valores pagos à Ecopav desde o início de suas atividades até os dias atuais.
Sem ação
Já abordamos o tema aqui nesta coluna, mas vale a pena repetir: o problema de alguns vereadores é que eles fazem mil perguntas ao Executivo, mas não tomam nenhuma providência diante das respostas que, na maioria das vezes, nem são comentadas. O vereador Jota Erre, por exemplo, está fazendo questionamentos interessantes sobre a terceirização do lixo, mas algumas de suas perguntas já foram feitas pelo seu colega Macetão. Que, aparentemente, ficou satisfeito com as respostas, já que não tocou mais no assunto.
Retoque
Quem passou pela Avenida Euphly Jalles durante a semana pode perceber que foram realizados alguns reparos no asfalto daquela via. Como se sabe, aquela avenida foi pavimentada em 2008 por uma empresa contratada pela Prefeitura, mas a qualidade do asfalto acabou gerando questionamentos e foi uma das motivações para a abertura de uma CEI na Câmara. É provável que os reparos tenham sido providenciados pela empresa responsável, a fim de amenizar a críticas, mas resta saber se eles serão suficientes para resolver o problema ou foi apenas uma maquiagem.
Outra realidadeNão dá para compreender e o contribuinte também não, de a Prefeitura ficar gastando dinheiro naquele “Jurassic Park” que é o estádio municipal. Tudo bem que Jales vai sediar os Jogos Regionais de 2.011em comemoração aos 70 anos de sua fundação. O bom negócio é vender aquela área e construir um estádio menor e fora do perímetro urbano que atenda as necessidades das equipes amadoras. A realidade é outra, ou acreditam que um dia Jales voltará a ter time profissional?
Por enquanto
O ministro Gilmar Mendes, do STF, deferiu o pedido de medida liminar em Habeas Corpus para suspender a tramitação da Ação Penal contra o ex-prefeito Itamar Borges, de Santa Fé do Sul, até o julgamento definitivo do feito. O ministro abriu vista ao Procurador Geral da República para manifestação.
Denacoop
Quase vinte anos depois do estouro do escândalo Denacoop, cujo epicentro foi aqui na região de Jales, a Justiça Federal de Rio Preto condenou o deputado federal Vadão Gomes por desvio de verbas daquele órgão. Para quem não se lembra, o extinto Denacoop liberava dinheiro para projetos desenvolvidos por cooperativas, mas, segundo as denúncias, as verbas eram desviadas para festas de peão e outras finalidades que nada tinham a ver com associativismo.
Vai demorar
Pelo jeito, o julgamento se refere apenas a um dos vários processos originados pelo caso Denacoop. Segundo a notícia divulgada pelo Diário da Região (leia a matéria nesta edição), Vadão foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 10 mil e ainda terá que devolver R$ 76,5 mil aos cofres públicos. Além disso, o deputado também foi condenado à perda do mandato, mas como o julgamento foi em primeira instância, ele poderá recorrer ainda à segunda e terceira instâncias. Isso significa que, a não ser que o povo resolva cassar-lhe o mandato nas urnas, Vadão vai continuar deputado mais uns vinte ou trinta anos.
Trapalhada
Até o presidente da Câmara, Luís Especiato, parece ter ficado aborrecido com as últimas trapalhadas do Executivo. Ele teve que interromper a sessão de segunda-feira passada para convencer seus colegas vereadores a aprovar o projeto que permite à Prefeitura trocar as pedras utilizadas no calçamento do centro da cidade. Os vereadores ficaram irritados porque o projeto só chegou à Câmara depois de iniciadas as obras da chamada “revitalização” do Centro, que incluem a troca do revestimento das calçadas.
Revitalização
Falando em revitalização, o presidente da Associação Comercial, Wainer Pedrosa, voltou a criticar o projeto da Prefeitura que, segundo alguns, se resume à substituição do calçamento do centro da cidade. Por outro lado, pelo menos até a quinta-feira, a maioria dos comerciantes da Avenida Francisco Jalles desconhecia a extensão das obras iniciadas na semana anterior. Muitos deles imaginavam que a troca das pedras no quarteirão da Igreja Matriz era uma iniciativa da Diocese e se resumiria apenas àquele local.
Vovó Rufina
Outro motivo para irritação dos vereadores foi a votação, na mesma sessão de segunda-feira, de um projeto de autoria da petista Pérola Cardoso que dá o nome da finada senhora Rufina Garcia Torres ao Centro de Artesanato localizado no Portal da Cidade. Segundo alguns vereadores, o local já ostentava uma placa com o nome da homenageada, que era conhecida por Vovó Rufina, antes mesmo de o projeto ser aprovado.
Investimentos
O município Votuporanga, segundo a imprensa divulgou tem mais de 30 obras em andamento, somando investimentos de aproximadamente R$ 55 milhões.

Comentários