Acidentes na linha férrea revelam realidade preocupante na região

O secretário municipal de Obras e Serviços Públicos,
Marco Antonio Miranda (foto) dá entrevista à repórter da TV TEM
Uma morte, uma adolescente que perdeu parte da perna e dois jovens que viveram uma aventura perigosa. Em menos de um mês, esses foram os casos mais graves registrados na linha férrea na região. Cada um num município diferente, uma situação que preocupa.

A maioria das cidades da região tem uma característica em comum, se desenvolveram em torno da linha férrea. O que no início era sinônimo de progresso, hoje é de preocupação. O motivo: os acidentes nos trilhos.
Em Urânia, a linha férrea corta a cidade ao meio. A travessia de veículos e pedestres é constante. No fim do mês passado, Antônio Bottaro, 83, morreu atropelado ao tentar cruzar os trilhos. Ainda abalado, o filho dele conta que o aposentado fazia o percurso todos os dias.
A morte trágica do aposentado indignou moradores, que resolveram se mobilizar. Uma comerciante distribuiu listas para um abaixo-assinado pedindo a instalação de cancelas nas passagens, já são 550 assinaturas.
Mas o perigo com os trens não se resume somente às passagens. Os trilhos construídos muito próximos das casas representam um enorme risco. Principalmente para as crianças.
No último final de semana, uma adolescente de 13 anos, de Jales, perdeu uma perna e teve parte da outra amputada depois de ser atingida pela composição que passava. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas pela polícia, mas a suspeita é de que a garota e uma prima dela, também menor, estavam brincando ao lado da linha férrea.
Há menos de um mês, outro caso que também chamou atenção na região foi dos dois adolescentes, um de 10 e outro de 14 anos, que subiram em um vagão parado em Santa Fé do Sul e só conseguiram descer em Rio Preto e Santa Adélia. A história teve final feliz, os meninos disseram que tudo não passou de uma brincadeira. Diante dos casos de acidentes e dos riscos, é preciso cuidado redobrado nos locais onde passam as composições.
A ALL, América Latina Logística, que administra a ferrovia na região, informou que faz com frequência campanhas de segurança nas cidades por onde passam os trilhos. Sobre o caso de Irânia, a empresa disse que a responsabilidade por sinalizar e colocar cancelas nas passagens é das prefeituras.
A prefeitura de Urânia informou que está tentando junto ao DNIT, Departamento Nacional de Infra-estruturas de Transportes, em Brasília, a liberação de verbas para a construção de um viaduto no local. (reportagem TV TEM

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