Filho é acusado de matar o pai a facada

O pintor José Willian Balista, 19 anos, foi preso em flagrante na noite de sábado (10), acusado de matar a facadas o próprio pai, o técnico em aparelhos eletrônicos Antônio Balista, 47 anos.  O crime aconteceu na festa de aniversário da vítima, em sua casa, na Vila Nossa Senhora Aparecida, em Jales. O pai levou oito facadas na região do peito e chegou a ser socorrido, mas morreu na Santa Casa. Ele foi enterrado domingo à tarde.
Balista havia reunido familiares e amigos para comemorar seus 47 anos. Durante todo o dia, os convidados se reuniram na casa da família e ficaram bebendo e comendo churrasco.  Segundo o delegado Carlos Eduardo Monteleone, do 2º Distrito Policial, o pintor ficou bêbado e, por volta das 20 horas, saiu até a rua e começou a discutir com um vizinho de 60 anos que mora em frente à residência. “Foi por motivos banais que a discussão começou, por isso o Antônio foi até a frente da casa e chamou a atenção do filho”.
José Willian teria ficado nervoso por ter sido repreendido e disse que iria acabar com a festa da família. “Ele entrou na casa, pegou as facas na cozinha e partiu para cima do pai”, disse o delegado. De acordo com o delegado, o filho usou pelo menos duas facas para perfurar o pai. A vítima tentou se defender das facadas usando uma cadeira, mas não conseguiu desarmar José Willian.
No momento da agressão, sete pessoas ainda estavam na casa e seguraram o pintor. Enquanto isso, outros familiares ligaram para o resgate e Balista foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu quando recebia atendimento na Santa Casa. A Polícia Militar esteve na residência e prendeu o acusado em flagrante. Ele foi levado ao plantão da Polícia Civil, onde confessou o crime e disse que só esfaqueou o pai para se defender.
O delegado não se convenceu da versão e José Willian foi encaminhado para a cadeia da cidade. Ele vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e com agravante de o crime ter sido cometido contra o pai. José Willian é o filho caçula de Balista, que tinha outros três filhos - duas mulheres e um homem. O pintor morava com a mulher e os dois filhos de dois anos e outro de cinco meses na casa que pertencia ao pai, que residia nos fundos do imóvel com a mulher, mãe do acusado.
De acordo com Lourdes Balista, tia do acusado de assassinato, irmã da vítima, o contato entre filho e pai era normal. “Eles brigavam como qualquer um, mas nunca passou pela nossa cabeça que um dia isso poderia acontecer”, afirmou.  Segundo ela, o sobrinho nunca foi rebelde, mas era acostumado a beber. Lourdes não estava na casa no momento do assassinato, mas conta que poucas pessoas presenciaram a discussão. “Tudo aconteceu na rua mesmo e foi muito rápido. Não precisava ter terminado nisso.”
Em estado de choque, a tia falou que a família não parou para avaliar a atitude de José Willian. “Não estamos com raiva dele. Para ser sincera, estamos focados na dor de ter perdido meu irmão. Depois, com calma, vamos ver como fica a situação do José”, disse. (matéria de Hélton Souza - Diário Web)

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