Maria Modelo de Igreja

 



Vinicius Santos dos Reis, Seminarista do 2º ano de Teologia,

Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Três Fronteiras

 

A Igreja dedica o mês de maio a Nossa Senhora, as próprias memórias e festas deste mês favorecem a celebração da Mãe do Senhor na Liturgia: Nossa Senhora de Fátima (13/05), Nossa Senhora Auxiliadora (24/05), Maria Mãe da Igreja (29/05, segunda-feira após Pentecostes) e Visitação de Nossa Senhora (31/05).

A mãe de Jesus sempre teve papel de grande importância na Igreja, desde os primeiros séculos, como vemos no testemunho dos primeiros cristãos, ela é venerada como Mãe de Deus e solenemente invocada contra todos os perigos e dificuldades.

A Palavra de Deus oferece um belíssimo testemunho sobre a figura de Maria: ela se coloca totalmente à disposição do projeto de Deus (Lc 1,26-38), parte prontamente à serviço do outro (Lc 1, 39), medita os acontecimentos em seu íntimo (Lc2,16), está atenta a necessidade do próximo, indicando o caminho a seguir (João 2,3-5), acompanha o ministério de seu Filho (Mt 12,47; Mc 3,32), está de pé junto à Cruz e é dada a nós como Mãe (Jo 19,25-27), persevera em oração com a Igreja nascente (At 1,13-14).

A Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, dedica um capítulo inteiro à Bem-aventurada Virgem Maria, retomando o ensinamento Santo Ambrósio, a Mãe do Senhor é apresentada como tipo e figura da Igreja, isto porque Maria como virgem e mãe, antecipou a figura da Igreja, e na obediência ao Pai gera, através do Espírito, o Filho - Jesus Cristo, e já glorificada em corpo e alma, é sinal de esperança e consolação para o povo cristão.

Assim, quando a Igreja presta sua devida honra à Nossa Senhora, seja por meio da Liturgia como na devoção popular, somos convidados a imitar a Mãe do Senhor: em sua escuta atenta da Palavra, na meditação interior daquilo que ouvimos e por consequência nos colocando a serviço de nossos irmãos como verdadeiros discípulos do Senhor, assim entendemos que a devoção à Maria nos conduz a Cristo, o Papa Francisco nos recorda que “Cristo e sua mãe são inseparáveis”, de modo que trilhar os passos de Maria é caminhar pelo caminho de Cristo.

Maria se associa de tal modo ao Mistério Pascal de Cristo, que na segunda-feira após Pentecostes, celebramos sua Festa com o título de Mãe da Igreja, assim evocamos a presença materna daquela que nos foi dada como Mãe pelo próprio Cristo e que nos primórdios da primeira comunidade cristã, com toda certeza, foi e continua sendo modelo para toda a Igreja na busca pela expansão do Reino de Deus em nossa sociedade.

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