Gestão × Prevenção de Crise; ambos ignorado pela equipe do Gabigol

 O atacante do Flamengo, Gabriel Barbosa, o Gabigol, está gerando polêmica nas redes sociais após se dizer artista, na categoria de profissão do Instagram. Para a pós-graduada com MBA em Marketing e Negócios m Criativos, Jennifer de Paula (foto), o caso corresponde a uma “estratégia errada, no momento errado e sem uma visão de gestão de crise, ou até melhor, de prevenção de crise.”


Segundo a especialista, atualmente, é necessário se ter uma visão antecipada de tudo, principalmente na carreira de um profissional do nível do Gabigol.


Jennifer pontuou que, hoje em dia, o vazamento de músicas está sendo utilizado em campanhas estratégicas para que se aguce a curiosidade das pessoas em ouvir, em dar atenção para novo conteúdo no mercado.

“O problema é que a equipe dele teve tempo para perceber se essa era a estratégia ideal pro momento. Em 24h tiveram um retorno completamente negativo e poderiam ter utilizado uma outra estratégia de lançamento caso essa estratégia do vazamento tenha sido proposital, ou até mesmo, segurar essa nova informação até que todo resto estivesse caminhando bem.”

A especialista lembrou que os consumidores de conteúdo das redes sociais e do mundo digital como um todo, dificilmente conseguem apoiar um mesmo profissional em diversas profissões com a mesma potência. 

“Foi um baque muito repentino. O público não estava preparado para receber o Gabigol como cantor num momento tão ruim da carreira dele como jogador, então, primeiro a gente precisa fazer uma questão de prevenção de crise para lançamento de uma nova ideia, de um novo conceito da vida de um profissional, analisando o comportamento do profissional, os projetos que o mesmo esta envolvido no momento, qual retorno está tendo, se é realmente um bom momento, independente da vontade do próprio cliente, pois as vezes o contratante deseja algo que pode prejudicar sua propria carreira”, pontuou.

Para De Paula, o fato do jogador ter colocado no Instagram dele “artista” ao invés de “atleta”, foi um chamariz muito negativo e a equipe deixou com que isso fosse longe demais.

“Desde o primeiro momento o retorno foi completamente negativo. Diante disso, era para ter sido realizada a gestão de crise imediatamente”, disse.

Jennifer também pontuou que “grandes empresas e grandes profissionais estão se perdendo em estratégicas polêmicas como essa de um grande jogador de futebol completamente visado a cada passo que ele dá se posicionar como artista no mercado, sabendo que a torcida poderia se voltar contra já que um bom atleta precisa também estar focado, comprometido com o clube, com o time, com o seu próprio desempenho em campo, e sabemos que a vida artística consome muito da rotina de um profissional, podendo nao conseguir conciliar um com outro.”

Por fim, a especialista explicou que o Gabigol precisa agora de uma estratégia para organizar as metas e objetivos dele para não "atropelar" um com outro, conflitando no desempenho esperado.

“Ele não encerrou a carreira como atleta para poder se lançar como artista, mas ele também não divulgou como organizaria tudo isso, não apresentou um projeto. Um profissional no nível dele não deve simplesmente jogar uma bomba em cima de seus consumidores e se manter calado. O “artista”, como ele quer ser considerado, depende 100% do consumidor final, que é o que está ali ouvindo, compartilhando as músicas. Assim como também os torcedores do time, que fornecem apoio na hora de uma partida, ganhando ou perdendo como o Flamengo vem perdendo nos últimos jogos. Então, eu acredito que ele deva essa satisfação para o público dele, principalmente em como ele pretende conciliar essas duas carreiras que precisam de tanta dedicação”, finalizou.


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