Rumo exibe potencial de desenvolvimento regional da Ferrovia Norte-Sul em sua estreia na Tecnoshow, em Rio Verde


Ainda neste ano, Rumo planeja início da operação de terminais de açúcar em Iturama (MG), de fertilizantes em Rio Verde e de contêineres em Anápolis para incrementar ainda mais o setor agrícola de Goiás

Maior operadora de ferrovias do país, a Rumo montou um estande na Tecnoshow Comigo 2022 em Rio Verde, no Sudoeste do Estado, onde os profissionais ligados ao agronegócio em Goiás podem conhecer até sexta-feira/8 os planos estratégicos da empresa para a Ferrovia Norte-Sul, batizada de Malha Central pelo conglomerado empresarial.

Sob concessão da Rumo até 2049, os trilhos unem Goiás aos Estados de Minas Gerais e São Paulo, se conectando à Malha Paulista e formando um corredor até o Porto de Santos (SP).

Com dois terminais inaugurados no ano passado em Rio Verde e em São Simão, a Malha Central vai iniciar ainda neste ano a operação em mais dois terminais em GO e um em MG.

Segundo o vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma, dada a crescente movimentação dos produtos agrícolas, a companhia movimentou 2,9 milhões de toneladas de grãos de Goiás para exportação via Porto de Santos.

Dessa forma, a Rumo alcançou 47,7% de market share no volume total de grãos exportados pelo estado no último trimestre de 2021.

“Se analisarmos somente dezembro, o nosso share chegou a 54%. Ou seja, o setor agrícola estava ávido por uma solução logística competitiva como a nossa”, afirmou o executivo da Rumo.

Ainda de acordo com Pedro Palma, a vocação da Malha Central é estratégica atender os novos mercados e mapas de produção agrícola do centro do país a partir do Sudoeste Goiano, de onde a Rumo também atende o Leste de Mato Grosso.

“Como nossos terminais são bandeira branca, estamos abertos a atender qualquer cliente disposto a utilizar a ferrovia”, completou Palma.

Ainda neste ano, a Rumo planeja o início de operação de mais três terminais: de açúcar em Iturama (MG); de fertilizantes em Rio Verde; e de contêineres em Anápolis.

Na unidade que a empresa operará em parceria com a Usina Coruripe, a expectativa é movimentar 2,5 milhões de toneladas por ano, segundo ele.

O terminal de fertilizantes terá uma capacidade inicial de 1,5 milhão de toneladas por ano.

“O fluxo de contêineres do Porto Seco de Anápolis tem outro grande potencial de crescimento, pois o destino da carga será a exportação via Santos”, analisou o vice-presidente comercial.

A história da Malha Central começou em 2019, quando a empresa arrematou em leilão, por 30 anos, os tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, ainda com obras para serem finalizadas no trecho concedido de 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO), passando pelo Norte Goiano, até Estrela D’Oeste (SP).

O contrato foi assinado em julho daquele mesmo ano, em Anápolis, na presença do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2020, a Rumo investiu R$ 711 milhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante na Malha Central com a construção de quatro pontes entre GO, MG e SP, além de um pátio de ligação entre a Ferrovia Norte-Sul e a Malha Paulista.

A ferrovia opera atualmente entre Rio Verde e Santos; e a Rumo está finalizando as obras no trecho 3 entre Rio Verde e Anápolis.

Uma vez concluídos esses serviços, a ferrovia se tornará 100% operacional de São Paulo até o Tocantins, segundo a companhia. [Com informações da Assessoria de Imprensa da Rumo, em SP]

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