Coluna Folhageral: Nas suas atribuições, devem estar focados na defesa dos interesses da população em geral.

 

foto/AscomCMJales

Não é de hoje

que os vereadores de Jales questionam e pedem providências – junto aos órgãos oficiais responsáveis – sobre segurança em pontos localizados nas rodovias e vias urbanas. Com isso, muitos acidentes deixaram de acontecer.

É certo que

boa parte dos acidentes de trânsito são causadas pelos motoristas. Mas as vias de trânsito devem ser bem construídas e bem sinalizadas. A engenharia tem soluções que, muitas vezes, precisam ser cobradas dos órgãos responsáveis.

Os redutores

de velocidade – instalados com sinalização nas ruas da cidade – cumprem sua finalidade. Mas eles não podem conter os impulsos dos “velozes e furiosos” que circulam por todos os lugares da cidade, inclusive de motocicletas.

Os radares fixos

têm sua eficiência condicionada ao fato de que os motoristas sabem onde eles estão. Não dá para reclamar que não foi avisado. Já os radares móveis flagram muitos infratores. Mas foram desativados, por questões políticas e jurídicas.

Com tudo isso,

os vereadores devem continuar insistindo nas reivindicações. As cidades atuais foram traçadas prevendo que pessoas e veículos ocupem o mesmo espaço. Soluções preventivas devem ser tomadas, pois são essenciais.

A área onde

está localizado o minicampo do Clube do Ipê foi transferida para o Município, com quitação de impostos atrasados. O objetivo foi construir no local um prédio para abrigar a Escola Estadual “Juvenal Giraldelli”.

Mas houve

uma alegação do Estado de que Jales não tinha necessidade de ter mais um prédio para abrigar escola. Os prédios já existentes estariam suprindo as necessidades. Assim, o terreno ficou sem utilização.

O Município

não negociou com o Estado para pedir restituição do terreno e construir nele um bom prédio para abrigar setores da administração municipal que estão localizados em vários pontos da cidade, custando dinheiro dos contribuintes.

Agora, houve

uma indagação dos vereadores Andrea Moreto (PODE) e Bruno de Paula (PSDB) à Prefeitura sobre abrigo de idosos. O que se poderia fazer para solucionar a falta de vagas no Lar dos Velhinhos? Seria possível transformar o Centro Dia do Idoso numa casa de saúde?

Em resposta,

a Prefeitura informou: “O serviço do Lar dos Velhinhos está tipificado como Alta Complexidade, na modalidade institucional. E a assistência asilar só é feita a idosos sem vínculo familiar algum, abandonados ou sem condições de prover sua própria subsistência”.

Acrescentou que:

“Para idosos que necessitam de cuidados em domicílio, é previsto o serviço tipificado como Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas, que deve ser executado pelo Centro de Referência de Assistência Social em 2022, desde que haja equipe de referência adequada para a execução”.

Informou ainda:

“O Centro Dia do Idoso é um serviço específico da Política de Assistência Social e, por isso, não é possível utilizá-lo para outro segmento”. Pelo jeito, o acolhimento de idosos no Lar dos Velhinhos tende a ficar limitado.

Jalesenses

usuários das redes sociais estão detonando os vereadores que votaram a favor do Projeto de lei do Poder Executivo que reajustou os valores dos impostos municipais. Dinheiro é o que mais está fazendo falta no bolso da maioria das pessoas.

Antes de votar

projetos polêmicos, os vereadores – mesmo pressionados por questões legais – deveriam fazer audiência pública ou consulta popular via site do Poder Legislativo, visando prestar informações, anotar opiniões e medir a satisfação dos contribuintes.

Assim, os nobres

vereadores realizariam seus trabalhos em sintonia com o povo, discutindo e votando os projetos de lei explicitamente. O povo sabe quando os vereadores não atuam como seus representantes.

Em todos os

casos, mesmo quando votam a favor de medidas impopulares, os vereadores precisam estar claramente na representação dos eleitores. Nas suas atribuições, devem estar focados na defesa dos interesses da população em geral.

No cenário político

nacional, cresce a luta pela eleição presidencial em 2022. Nos bastidores dos altos escalões, predominam os interesses. Na vida de muitos eleitores, predominam as paixões por uns candidatos aparentemente maravilhosos.

Nas discussões

entre eleitores, quem são verdadeiramente seus ídolos políticos (fora dos holofotes) ninguém sabe dizer. Além disso, muitas informações importantes para avaliar as propostas dos candidatos não são consideradas, como a seguir.

Há um mês,

o Banco Central anunciou a redução das suas previsões de crescimento da economia brasileira. Para 2021, a redução do PIB foi de 4,7% para 4,4%. Para 2022, a redução do PIB foi de 2,1% para 1,0%. Conclusão: há dificuldades econômicas pela frente.

Também

há um mês, um relatório do Senado Federal estimou que a Dívida Bruta do Governo Geral (federal, estaduais e municipais) deve fechar o ano de 2021 em 82,1% do PIB. (Em 2013 era 51,5% do PIB). Conclusão: há falta dinheiro para investimentos.

Esta semana,

o IBGE divulgou o resultado do cálculo do índice de inflação oficial (IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2021. A inflação foi alta: 10,06%. Conclusão: há sofrimentos para produtores, comerciantes e consumidores.

No centro das

questões econômicas e sociais, está a concentração de renda no país. Segundo um relatório global do banco Credit Suisse, 1% dos brasileiros mais ricos tinham em mãos 49,6% da riqueza total do país em 2020.

Isto significa

que no Brasil: muitas pessoas trabalham muito e ganham pouco; muitas pessoas (desempregadas) não trabalham nem ganham; e poucas pessoas (ricas) trabalham pouco e ganham muito. Assim, a economia brasileira não cresce e não se torna forte.

Há estudos que

analisam no Brasil a tributação, as desigualdades, a concentração de renda e patrimônio. O país tem um dos mais injustos sistemas tributários do mundo. Os mais ricos são beneficiados no pagamento de impostos e ficam cada vez mais ricos.

Em 2021, em

plena pandemia e escassez de recursos federais, um movimento nacional conduzido por especialistas protocolou na Câmara dos Deputados seis propostas para realização de uma reforma tributária justa.

As propostas

de ampliação da tributação sobre as altas rendas e riquezas dos 0,3% mais ricos da população poderiam arrecadar a quantia de R$ 300 bilhões por ano, tendo em vista tanta renda e riqueza pertencente a apenas 59 mil pessoas.

Ao contrário

do que acontece com a maioria da população, os muito ricos têm baixa tributação sobre as rendas dos capitais, heranças e doações. O imposto sobre grandes fortunas é constitucional, mas é o único imposto previsto que ainda não é cobrado.

Nada resolve

eleger um presidente por simpatia. É preciso que ele deseje a reforma e tenha bom desempenho político junto ao Congresso Nacional para que as leis sejam aprovadas. Além disso, os eleitores devem escolher bem seus candidatos para deputados federais e senadores.

Consultados

sobre o assunto, os analistas lá do botequim da vila disseram: “Poder e dinheiro andam juntos. É natural que os poderosos e abastados façam o papel de Robin Hood ao contrário: tiram dos pobres e doam aos ricos”.

Nesta semana,

a empresa de investimentos XP (sediada em São Paulo SP) e o Instituto Terra (sediado em Aimorés MG) anunciaram uma parceria para estimular o reflorestamento com mudas nativas em áreas degradadas da Mata Atlântica brasileira.

De cada R$ 5 mil

investidos pelos clientes da XP, num programa de investimento especial, uma parte será usada para plantar uma muda com a participação do Instituto Terra. O programa tem o valor de transformar os investidores em benfeitores ambientais.

O Instituto Terra,

iniciativa do renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e sua esposa Lélia Salgado, já plantou 2,7 milhões de árvores nativas de Mata Atlântica. Recuperou milhares de hectares de áreas degradadas, renovou nascentes e protegeu reservas de água.

Apesar de muitas

notícias ruins veiculadas nos noticiarias todos os dias, tem gente trabalhando com criatividade e competência em favor do planeta e de todos os habitantes. Entre os exemplos vistos diariamente, é muito melhor escolher os bons exemplos.

Cidades do Brasil

e do exterior mostram hospitais públicos e privados com suas salas de atendimento, enfermarias e UTI lotadas de pessoas com doenças respiratórias. As cepas dos vírus da Covid-19 e da Influenza estão esgotando as energias das equipes de saúde. 

O Boletim Covid-19

da Prefeitura de Jales nesta semana (sexta-feira, dia 14) informou a situação no dia: pessoas em isolamento familiar = 500; internadas em enfermaria = 00; internadas em UTI = 00. A Covid-19 está sendo vencida. Nada de afrouxar os cuidados!

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