Polícia Federal vai apurar conduta de agente preso na operação Omertà

“O que existe agora é investigação para verificar o quanto houve de ilegalidade na conduta”, diz Mazzotti

Aline dos Santos e Izabela Sanchez

Segundo  Mazzotti, a Polícia Federal não teve mais nenhum agente citado em operação do Gaeco.  (Foto: Marina Pacheco)
Segundo Mazzotti, a Polícia Federal não teve mais nenhum
 agente citado em operação do Gaeco. (Foto: Marina Pacheco)


A PF (Polícia Federal) vai abrir procedimento para apurar a conduta de Everaldo Monteiro de Assis, que foi preso na operação Omertà. O policial começou a ser investigado após pen drive, apreendido junto com arsenal de guerra, trazer dossiê sobre produtor rural. A pesquisa sobre dados pessoais foi feita no login de Everaldo.

“Infelizmente, ele tinha acesso onde estava lotado, que era no núcleo de operações da Delegacia Regional Executiva. Agora, estamos recebendo toda a documentação para instaurar os procedimentos administrativos internos, onde ele vai ter toda oportunidade do contraditório e da ampla defesa; e de eventuais inquéritos, caso tenha cometido algum crime de atribuição federal. O que existe agora é uma investigação para verificar o quanto houve de ilegalidade na conduta”, afirma o superintendente da Polícia Federal, delegado Cleo Mazzotti.

Segundo a PF, a instituição não teve mais nenhum agente citado por envolvimento com a organização criminosa investigada na Omertà. A operação foi realizada em 27 de setembro. O policial foi alvo de prisão temporária (válida por 30 dias) e no último sábado o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) pediu a conversão em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

O policial federal relatou aos promotores que o pen drive com o dossiê foi furtado do seu veículo. No entanto, não fez registro de Boletim de Ocorrência.

“A Polícia Federal procurou colaborar minimamente com tudo que foi pedido. Foi solicitada alguma questão de perícia, que atendemos prontamente, também pudemos colaborar na questão do policial federal que estava envolvido e na realização de buscas. Mas a participação foi relativamente pequena porque realmente o trabalho é do Garras e do Gaeco. Eles merecem todos os parabéns e todos os louros por esse brilhante trabalho”, afirma Mazzotti.

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