Brasileiro não abre mão do pãozinho e categoria industrializada cresce no País

Consumo é concentrado principalmente em classes mais altas e shoppers mais
maduros. Versão especial puxa desempenho positivo.

Mesmo com tendência de queda de categorias de consumo massivo, o pão não
perdeu espaço na mesa do brasileiro e está entre os produtos que conquistam
cada vez mais espaço nos lares. O alimento, cujo Dia Mundial é celebrado em
16 de outubro, tem 98,7% de penetração nos lares nacionais e está presente
em quase 1/4 de todas as refeições, especialmente no café da manhã. É o que
aponta a Kantar, líder global em dados, insights e consultoria.

Apesar de o pão artesanal ter mais de 80% de penetração, é o crescimento do
industrializado que se destaca. Este segmento representa 10,6% do consumo da
cesta de derivados de trigo e, mesmo com aumento de preço de 3,2%, registrou
expansão em 10,3% em volume e de 2,6 pontos de penetração de 2017 para 2018.

"Os pães industrializados crescem em duas frentes. A versão comum ganha
espaço impulsionada por domicílios maiores, de classe média e com crianças
pequenas. Em segundo lugar, os segmentos especiais e light conquistam novos
lares entre as classes mais altas e shoppers mais maduros", analisa Giovanna
Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

A classe C consome 46,8% dos pães vendidos no País e a maioria é
industrializada. As classes DE são as que mais compram as versões
artesanais, apesar de também registrarem queda no consumo. Quando analisadas
as regiões, Norte e Nordeste são líderes na compra de pães e consomem 51,1%
dos artesanais produzidos. Nas demais, as variações industrializadas têm
mais espaço, com destaque para Grande São Paulo, interior de São Paulo e
estados do Sul.


Entre os tipos de pães industrializados, os comuns estão principalmente na
mesa de famílias de classe média com mais de 5 pessoas e com presença de
crianças. Já os especiais e light têm cada vez mais presença nos lares com
uma ou duas pessoas, com mais de 50 anos e classes AB. Na hora de encher o
carrinho, o varejo tradicional, especialmente padarias e confeitarias, ainda
é o mais buscado. Mas o atacarejo, o autosserviço e supermercados
convencionais também estão na rota dos consumidores.


A categoria como um todo também acompanha as tendências de consumo que têm
que se consolidado no mercado nacional: busca por praticidade, saudabilidade
e conveniência. Durante a semana, saudabilidade e hábito são os fatores que
determinam quais pães serão escolhidos. Já aos sábados e domingos, prazer e
sabor são as prioridades. E, independente do dia, a manteiga e a margarina
ainda são as companheiras certas do pãozinho. Elas estão presentes em 69,7%
das ocasiões de consumo da versão artesanal e em 51,7% das ocasiões quando o
pão é industrializado.

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