FolhaGeral


Os analistas
lá do botequim da vila tiraram a semana para falar das eleições e seus efeitos para Jales. O prato do dia foi o desempenho da deputada estadual jalesense Analice Fernandes (PSDB). Em 2014, ela ficou em 16º. lugar com 151.407 votos. Agora, em 2018, ela ficou em 23º. lugar com 110.089 votos.

Entre o total
de 94 deputados estaduais Analice Fernandes desceu apenas 07 degraus de 2014 a 2018. Garantiu o segundo lugar no ninho tucano de 08 deputados estaduais eleitos. Mas em Jales sua votação se reduziu em 67%. Ficou eleitoralmente enfraquecida na região.

Será natural
entender que o município de Jales também sai enfraquecido junto à deputada Analice. Sabiamente, os analistas lembram que não adianta chorar o leite derramado. Daqui para frente, o povo jalesense terá que fortalecer outros nomes dentro da região de Jales.

Na região,
Santa Fé do Sul viu seu representante Itamar Borges (MDB) ser reeleito. Votuporanga também manteve Carlão Pignatari (PSDB) na Alesp. Também eles, além de Analice Fernandes, viram seus votos minguarem em Jales de 2014 para 2018.

Na firme opinião
dos analistas lá do botequim da vila não existe um tsunami Bolsonaro causador de tantos efeitos – de alto a baixo – na política brasileira. O tsunami é outro, é a vontade dos eleitores brasileiros que exigem mudanças.

Nessa onda
de mudanças, as lideranças políticas de Jales, Urânia e Palmeira d`Oeste precisam se unir para objetivar uma candidatura para as eleições de 2.022. A representatividade regional na casa do povo paulista pode quase desaparecer.

O empresário
Luís Henrique Moreira (Podemos) é um nome forte para candidato a prefeito de Jales em 2.020, depois da ótima performance alcançada no pleito de domingo (07/outubro). Esta opinião é dos analistas do botequim da vila.

Quando
“rasgaram” a Constituição Federal para garantir os direitos políticos da então presidenta da República Dilma Rousseff (PT), não sabiam que o povo brasileiro – com as exceções, claro – não se esqueceria.

Eleitora no
Rio Grande Sul, Dilma Rousseff decidiu tentar a sorte política em Minas Gerais. Candidata a senadora, lá ela despontava nas pesquisas como eleita ao Senado Federal. Esfregava as mãos feliz da vida porque poderia se defender e gritar contra o tal “golpe” recebido.

Mas os mineiros
disseram o costumeiro Uai! Cassaram o reingresso da ex-presidenta Dilma na política. Não lhe deram o direito de exercer o cargo de senadora, pois legalmente deveria estar cassada.

Como também,
em São Paulo, a eleição de Eduardo Suplicy para o senado era dada como certa nas pesquisas. Era cantada em verso e prosa. Os eleitores paulistas também não perdoaram e garantiram que o petista continuasse a exercer o mandato de vereador.

O Senado
Federal tem 81 senadores. São 03 senadores por Estado e o Distrito Federal. Seus mandatos duram duas legislaturas (08 anos). Nestas eleições, 54 senadores (2/3 do total) terminaram seus mandatos e suas vagas foram postas na disputa eleitoral.

Os eleitores
deram uma resposta dura e justa aos integrantes do Senado. Das 54 vagas disputadas, 46 serão ocupadas por novos senadores e 08 por senadores reeleitos. Estes números mostram a elevada renovação de 85%.

Do lado
perdedor, dos 32 senadores que tentaram reeleição, 24 deles (75%) foram rejeitados, tais como: Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Cristovam Buarque (PPS-DF), Edson Lobão (MDB-MA), Eunício Oliveira (MDB-CE), Lindberg Farias (PT-RJ), Roberto Requião (MDB-PR) e Romero Jucá (MDB-RR).

A Câmara
Federal tem 513 deputados. Cada unidade federativa (Estados e o Distrito Federal) tem de 08 a 70 deputados federais, conforme sua população. O mandato é de 04 anos. Nestas eleições, as 513 vagas foram postas na disputa eleitoral.

Segundo
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 513 deputados federais eleitos na eleição de 2014 (quatro anos atrás), 240 deles (46,8%) foram reeleitos em 2018 e vão continuar na Câmara Federal nos próximos 04 anos. Isto significa que – entre as duas eleições – 273 novos deputados foram eleitos e que a renovação na Câmara Federal foi de 53,2%.

Entre os
deputados federais que não conseguiram renovar seus mandatos, 157 não tiveram êxito. Entre eles, estão: Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Leonardo Picciani (MDB-RJ), Osmar Serraglio (PP-PR), Nelson Marquezelli (PTB-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ).

Outro fato
interessante é a fragmentação partidária no Senado e na Câmara Federal. O Senado, que hoje é composto por 15 partidos, a partir de janeiro deverá ser composto por 21 partidos. A Câmara, que em 2010 foi composta por 22 partidos e em 2014 foi composta por 28 partidos, agora em 2018 teve o número elevado para 30 partidos. Isso prova como o eleitorado não dá mais tanta importância aos partidos políticos.

A possibilidade
de que melhores reformas possam ser aprovadas na Câmara e no Senado fez os analistas econômicos reagirem positivamente. O valor do Real melhorou em relação ao Dólar e o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo foi de alta. Parece mesmo que os eleitores brasileiros acertaram mais do que erraram nestas eleições.

No Estado
de São Paulo, a Assembleia Legislativa tem 94 deputados. Nestas eleições, 51 novos deputados estaduais foram eleitos e 43 conseguiram se reeleger 43. A renovação foi de 54,3%. A novata Janaína Paschoal (PSL) foi eleita com mais de 2 milhões de votos.

Também na
composição partidária, houve muita alteração na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os 03 partidos que ficaram com maior número de cadeira são: PSL (10), PT (08) e PR (07). Em quarto lugar, ficaram empatados PSDB (06) e PRB (06). Em quinto lugar ficou o DEM (05). Muita mudança.

Os analistas lá
do botequim da vila dizem que a propaganda eleitoral e os debates tiveram seus efeitos, mas não fizeram a cabeça dos eleitores. As redes sociais e as conversas pessoais entre os eleitores produziram maior impacto nos resultados eleitorais. Por isto, muitos marqueteiros e políticos tradicionais tiveram péssimas surpresas.

Comentários