A Polícia Ciivil confirmou que um adolescente de 17 anos suspeito de ter matado o jogador de futebol Davison Cleber Honorato, de 23 anos, foi levado para a Fundação Casa de Ribeirão Preto (SP) nesta quinta-feira (31) .
Durante o dia, familiares do atleta sepultaram o corpo do atleta revoltados com a morte do lateral-esquerdo, esfaqueado durante a madrugada na Festa do Peão de Jaboticabal (SP).
Eles questionam as condições de segurança e atendimento médico do evento e pedem punição aos responsáveis. Além de identificar o adolescente, a Polícia Civil, que investiga o caso, apreendeu um canivete que teria sido usado no homicídio. Outros três suspeitos foram ouvidos e liberados.
"Meu filho é um filho maravilhoso, ele não é nenhum bandido, eu quero que todas as mães se coloquem no meu lugar, o que fizeram com meu menininho, eu só quero justiça", afirmou, em prantos, a mãe da vítima, Iara Cristina Morais.
Em nota, a organização do rodeio de Jaboticabal lamentou a morte e informou que colabora com as investigações.
Também comunicou que tem todos os alvarás necessários, além de equipe médica, ambulância UTI, seguranças particulares e câmeras de monitoramento, e que a morte do jogador foi um caso isolado na história da festa.
"No período de 31 anos que é realizado o evento nenhum caso análogo ocorreu, sendo assim referência positiva quanto à organização e segurança do evento."
De acordo com informações apuradas pela EPTV, afiliada da TV Globo, Cleber Honorato levou uma facada no pescoço e duas no peito durante uma confusão na madrugada desta quinta-feira. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. Um amigo que estava com ele foi ferido no rosto.
Segundo familiares e amigos da vítima, o jogador tinha ido separar uma briga envolvendo o amigo quando foi surpreendido por facadas. Tia do jogador, Alessandra Honorato questiona a segurança do evento. "Se fossem pessoas peparadas ninguém tinha entrado armado lá", diz. Carreira interrompida - Lateral-esquerdo, Davison Cléber Honorato atuou na base do Batatais, Grêmio Prudente e Ponte Preta. Como profissional, defendeu o Paulista, XV de Piracicaba e Batatais, seu último clube. Na Série A2 do Campeonato Paulista, participou de cinco jogos pelo Fantasma e fez um gol. Depois das férias, ele ia se reapresentar ao time para disputar a Copa Paulista. "Ele foi um menino criado num bairro muito pobre, onde existe realmente muita droga e ele saiu de casa com 11 anos pra jogar bola. Ele escolheu um outro caminho pra vida dele", afirmou a prima Valéria Cristina Moura.
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