Morre professor Rato

 
Faleceu no início da noite de terça-feira, 27 de junho, Antonio Sanches Cardoso (foto), popularmente conhecido como professor Rato, 62 anos. Ele estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Jales já havia mais de um mês e sua morte se deu devido a uma infecção generalizada.

Professor Rato iniciou na política em 1.988 quando se elegeu vereador pelo Partido dos Partidos (PT) com 453 votos (1.989/1.992). Ameaçado de expulsão no partido, ele migrou para o Partido da Frente Liberal (PFL) disputando a reeleição para a Câmara Municipal. Já com o famoso "Ratomóvel" prestando serviços à comunidade carente, professor Rato se elegeu vereador pela segunda vez com 1.378 votos (1.993/1.996). O mais votado.

Com a popularidade em alta, professor Rato se candidatou a prefeito em 1.996 pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) e obteve uma esmagadora vitória sobre o seu oponente, conquistando nas urnas 14.968 votos, ou seja, 62,84% dos votos válidos. Assumiu em 1º de janeiro de 1.997, encontrando uma Prefeitura endividada e a cidade um caos. Mesmo assim, o professor não se intimidou. Sua primeira providência foi recapear a avenida Francisco Jalles, artéria principal da cidade que se encontrava em estado de calamidade pública de tanto buraco.

Nos seus quatro anos de mandato, professor Rato enfrentou turbilhões, como uma desavença política com o partido de seu vice-prefeito Humberto Parini, o PT. Entre as suas obras constam a segunda pista da avenida Paulo Marcondes com acesso à rodovia Euplhy Jalles, à época com muito acidente fatal. A melhoria do trevo do jardim Arapuã - outro local de trânsito perigoso e com mortes - saída para Santa Albertina, com a construção de uma rotatória.

A abertura da rua 15 dando acesso à avenida João Amadeu pelo viaduto Edson Bitencourt, desafogando o trânsito pela rua 13. Várias outras pequenas obras sem visibilidade, mas de suma importância para a cidade foram executadas durante gestão do prefeito Rato, como por exemplo recapes contínuos nas ruas da cidade.

Uma obra que seria importante para a cidade de Jales, iniciada na gestão do professor Rato com liberação de recursos na ordem de R$ 400 mil, foi a do Centro de Lazer do Trabalhador (foto) para atividades de lazer. Alguns itens do projeto como quiosque, minicampos, quadra de areia, parque infantil e outros já haviam sido construídos e estavam sendo utilizados.

Depois, o local foi utilizado para a construção do Conjunto Habitacional Pedro Nogueira, e o Centro de Lazer do Trabalhador deixou de existir. Foi riscado do mapa urbano da cidade. Ficou apenas o portal de entrada.

Em 2000, com a popularidade um tanto arranhada e enfrentando muitas críticas pela escolha do vice, professor Rato tentou a reeleição e mostrou que ainda tinha crédito junto ao eleitorado. Sua derrota foi por apenas 4% dos votos válidos, ou seja 1.010 votos. Ele obteve 7.258 votos, ou 28,75%. Seu oponente José Carlos Guisso (PSDB) obteve 32,75% ou 8.268 votos.

Em 2.004, professor Rato tentou pela segunda vez reconquistar a cadeira do Executivo mas não foi bem sucedido. Com 4.750 votos ou 17,44% dos votos válidos, Rato ficou em terceiro lugar naquele pleito. O professor Rato foi presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Jales entre 1.993 e 1994.

O sepultamento do corpo do professor Rato deu-se na quarta-feira (28/06) às 17 horas no Cemitério Nossa Senhora da Paz.

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