FOLHAGERAL

Da redação

Os políticos
em fim de mandato estão cumprindo tabela. Aguardam a diplomação dos prefeitos e vereadores eleitos (dia 19 deste mês) e a solenidade de posse (dia 01 janeiro 2017). Por isto, a sessão ordinária da Câmara Municipal de Jales – realizada na última segunda-feira (28 novembro 2016) – foi afeta à distribuição de Moções.
O vereador
Gilberto Alexandre de Moraes (DEM) teve aprovada por unanimidade a Moção de Aplausos ao juiz federal Sérgio Moro, por ser ele o magistrado de maior destaque no combate à corrupção no Brasil, não se intimidando com pressões, difamações e perseguições por parte de nomes de grande peso político ou de grande expressão empresarial.
No dizer
do vereador Gilbertão, o juiz Sergio Moro ganhou notoriedade internacional por comandar, desde 2014, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato, que o Ministério Público Federal considera ser o maior caso de corrupção e lavagem de dinheiro já apurado no Brasil, envolvendo agentes políticos, empreiteiros e funcionários da Petrobrás.
"Por sua ação
destemida no combate à corrupção, o Juiz Sérgio Moro se faz merecedor dos aplausos de todos os membros do Poder Legislativo de Jales e de toda a população jalesense", afirmou o vereador Gilberto na apresentação da Moção.
Já o parlamentar
João Zanetoni (PSB) teve aprovada por unanimidade a Moção de Aplausos ao Ministério Público Federal pela realização do "Mutirão Jales pela Cidadania", evento organizado pela Procuradoria da República em parceria com outras instituições, entre os dias 21 e 25 de novembro de 2016, em nosso município.
Segundo o
vereador Zanetoni, "a promoção da cidadania se faz com a difusão da consciência de que todos somos sujeitos de direitos. Direito à vida, à liberdade, à igualdade, à ação política e à interação social. A cidadania se dá na participação ativa da vida do governo e de seu povo. A negação dos direitos representa a exclusão da vida social e da tomada das decisões".
Porém, foi
aprovada uma Moção de Repúdio ao advogado Carlos Alberto Expedito de Brito Neto, de Jales, por ele ter proposto uma ação judicial contra o pagamento do 14º salário ao funcionalismo municipal. O vereador Gilbertão se absteve.
Tanto lá
no botequim da vila, como em outros lugares onde a política é pensada, vozes concordantes e discordantes se perguntam porque uma ação para colocar fim ao 14º salário dos servidores municipais não foi proposta em administrações anteriores. Afinal de contas, a Lei que instituiu o 14º salário foi aprovada há mais de duas décadas. Passou por gestões de Nice (2013/2015), Parini/Viola (2005/2012), Guisso/Caparroz/Hilário/etc (2001/2004), Rato/Parini (1997/2000), Guisso/Hilário (1993/1996).
"Ante a escassez
 
de provas que sustentem a prática do crime capitulado no Art. 299 do Código Eleitoral, acolho o parecer ministerial de fls. 22/23, determinando o arquivamento da presente, sem prejuízo do disposto no Art. 18 do Código de Processo Penal". Foi a decisão do juiz eleitoral Dilson Vagner Ballotti, da 152ª Zona Eleitoral de Jales, no inquérito policial aberto por corrupção eleitoral, envolvendo o nome do prefeito eleito de Urânia, Marcio Arjol Domingues. A decisão do juiz Ballotti é de 24 de novembro e foi publicada nesta última quarta-feira, 30 de novembro.
Economistas
alertam para as dificuldades financeiras que os governos federal, estaduais e municipais vão continuar enfrentado. Por causa da crise econômica, a arrecadação de impostos é menor. A União e os Estados repassam menos recursos às Prefeituras, mas as despesas municipais não se reduzem.
O maior
desafio dos novos gestores municipais será manter o equilíbrio das contas de receita e despesa. Os eleitores poderão acompanhar os atos dos prefeitos – a partir da posse em 01 de janeiro de 2017 – para prever se terão sucesso ou não. Primeiro, observar a competência dos secretários escolhidos. Isto é fundamental para a boa gestão.
Em segundo
lugar, prestar atenção em como os prefeitos tratarão as finanças municipais. Se mantiverem bem informadas a Câmara de Vereadores e a comunidade com objetividade e transparência, a gestão será ótima. Se ficarem em reclamações, promessas e justificativas, a gestão será péssima. Vamos torcer para que isto não aconteça.
Corre a boca
pequena que o prefeito Pedro Callado pode assumir a Procuradoria Geral do Município em 2017. Na boca grande, ato improvável

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