“Dia do Fonoaudiólogo”: saiba como é o trabalho desse profissional no Hospital de Câncer

foto - Fonoaudiólogas Franciéli B. F. Paiola, Anelize Negrão, José Trivelato e Tatiane C. S Freitas
foto/Dara Freitas/HCB-UnidadeIIIJales/divulgação


No sexta-feira, 9 de dezembro, é comemorado o Dia do Fonoaudiólogo, profissional responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e do sistema orofacial, cervical e de deglutição. Exerce também atividades de ensino e pesquisa.

É de competência do fonoaudiólogo especialista em um serviço oncológico, saber avaliar, diagnosticar e identificar o momento de intervir junto a estes pacientes, nos tratamentos cirúrgicos, radioterápicos, quimioterápicos, internação, UTI e acompanhamento paliativo. O principal trabalho fonoaudiológico é com os pacientes em tratamento de câncer de cabeça e pescoço, porém também são acompanhados pacientes dos setores digestivo, mama e que apresentam complicações pulmonares.

As principais dificuldades encontradas em pacientes no Serviço de Fonoaudiologia e Cabeça e Pescoço do Hospital do Câncer de Barretos – Unidade III Jales, são: Prevenção e acompanhamento pré, durante e pós tratamento de alterações vocais, fala, audição, dificuldades de deglutição (desde a captação do alimento até o ato de engolir), mastigação, odinofagia (dor ao engolir), xerostomia (diminuição da produção de saliva no caso dos pacientes em tratamento radioterápico), paralisia facial, trismo (diminuição da abertura mandibular), dentre outros. Auxiliamos junto à equipe multidisciplinar na possibilidade da indicação de traqueostomia (via alternativa de respiração), indicação de sondas para pacientes com dificuldades alimentares, risco de desnutrição/desidratação, aspiração pulmonar de saliva ou alimentos e reabilitação para a retirada dos mesmos, reestabelecendo as funções de alimentação e respiratórias.

"O trabalho fonoaudiológico com o paciente oncológico exige constante estudo, pesquisa, paciência e dedicação, porém, a satisfação em reestabelecer funções como falar, comer, ouvir à um paciente tão sofrido com o tratamento oncológico é extremamente gratificante tanto pelo lado profissional, quanto pessoal, sendo comprovado pelos relatos, sorrisos e agradecimentos dos pacientes.", complementa as fonoaudiólogas da Unidade de Jales, Tatiane Cristina Silva Freitas, Anelize Negrão e Franciéli Bicas F. Paiola.

Para o paciente José Trivelato, que realiza tratamento na Unidade do Hospital de Câncer em Jales, o tratamento fonoaudiólogico é de extrema importância. "O tratamento foi muito bom. Elas me deram muito apoio, muita força, me falaram a verdade. Eu superei muita coisa, apesar da minha dificuldade de falar, eu sei que eu melhorei muito desde quando cheguei aqui. O meu câncer foi de narina e pescoço e eu achava que ia morrer, porque para mim eu estava no fundo do poço. A fono, a fisio, a nutricionista fizeram de tudo para que eu me recuperasse. Lutaram junto comigo e com a minha família para que eu estivesse aqui hoje.", finalizou emocionado.

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