Ele era procurado desde a deflagração da Operação que investiga desvios
de aproximadamente R$ 10 milhões de reais da Fundação Educacional de
Fernandópolis/SP
A Polícia Federal de Jales
prendeu ontem, (01), um homem que estava foragido desde a deflagração da
Operação Vulpino, que investiga desvios de mais de R$ 10 milhões de reais da
Fundação Educacional de Fernandópolis – (FEF).
E. J. O., 45 anos, empresário em
Francisco Beltrão (PR) e presidente da ABRACI (Associação Brasileira de
Assistência ao Cidadão), sediada em Curitiba-PR, recebeu recursos provenientes
de negociação fraudulenta entre a direção da FEF, a ABRACI e uma Usina de
cana-de-açúcar de Maceió-AL.
À época dos fatos, títulos de
crédito da Usina foram adquiridos pela FEF por intermédio da ABRACI. Os títulos
seriam utilizados para serem abatidos em dívidas da Fundação Educacional com a
Receita Federal. Mesmo sem confirmar a validade dos títulos, os valores foram
pagos antecipadamente pela FEF. Posteriormente, a Receita Federal verificou que
os títulos não tinham valor contábil e, por esta razão, multas e juros foram
adicionados à dívida. Somente nesta fraude, a FEF teve um prejuízo de mais de
R$ 3 milhões.
Na ocasião de sua prisão, o
empresário confessou que ficou com “apenas” R$ 150.000,00 (cento e cinquenta
mil reais) do total recebido e que o restante foi repassado a outros envolvidos
no golpe. Segundo o investigado, o ex-prefeito de Fernandópolis, L.V. e o
assessor jurídico da FEF à época e presidente da Fundação posteriormente,
P.S.N., presos na deflagração da Operação Vulpino, viajaram para Curitiba-PR,
Brasília-DF e Maceió-AL à época dos fatos, para concretizar a negociação dos
títulos “podres”.
Atualmente, a Fundação
Educacional está sendo administrada por equipe multidisciplinar indicada pelo
Poder Judiciário para organizar as finanças e, também, identificar outros
possíveis desvios ocorridos nas duas últimas administrações.
Após ser ouvido pelo Delegado
Federal Cristiano Pádua da Silva, que preside as investigações, o preso foi
encaminhado até a Cadeia de Jales onde permanecerá à disposição da Justiça
Estadual de Fernandópolis.
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