BOA COLHEITA NO NORTE DO ESTADO DE GOIÁS



O Estado de Goiás é considerado o quarto maior produtor de soja do Brasil, mas este ano devido às condições climáticas, a safra 2014/2015 não conseguiu atingir a meta do ano anterior. Segundo dados da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) a colheita chegou a 8,5 milhões de toneladas, queda de 3,6% em relação às toneladas colhidas na safra 2013/20014, números que afetam o agricultor e a exportação.

Uma área não muito explorada vem se destacando com suas altas produtividades no plantio de soja, a região Norte de Goiás e Vale do Araguaia. O desempenho da produtividade se deve pelo fato destas regiões não terem sofrido tanto com as condições climáticas e investiram em um bom manejo, sendo que o Sudoeste goiano, maior produtor do Estado foi bastante afetado com a falta de chuva no início do plantio e excesso na colheita.

Para o agrônomo, Plinio Fernandes Costa, consultor técnico da empresa Fertigeo, produtores destas regiões começaram a investir no solo para produções agrícolas, antes utilizadas somente para pastagem. "Dentre várias regiões do Brasil o estado de Goiás foi o mais afetado com a seca no
início deste ano. A estiagem e as altas temperaturas no mês de janeiro prejudicou a fase de enchimento dos grãos da cultura, outro fator agravante foi o excesso de chuvas durante a colheita, fazendo com que os grãos tenham uma qualidade inferior da desejada para a comercialização.
Mesmo com as dificuldades o manejo do solo nos municípios do Norte e Vale do Araguaia puderam responder bem aos aspectos ocasionados pela oscilação climática, favorecendo assim no plantio de grãos ", afirma.

Produtores do Norte podem ter em média um rendimento de 48,13 sacas por hectare, sendo que o Vale do Araguaia o rendimento chega a 46,44 sacas por hectare. "É preciso ressaltar que os agricultores dessas regiões estão intensificando no manejo de correção do solo, adubação, nutrição da cultura e dos sistemas de produção. Esta etapa é primordial para se obter bons resultados nas lavouras, outro ponto importante é a capacitação dos agricultores, o uso de bons derivados que combatem pragas e investimentos em tecnologias", disse Plinio.

Pensando no próximo plantio, agricultores dessas regiões já iniciam o manejo do solo. Para isso, a recomposição do solo se faz necessária, sendo que o período frio e seco não favorece a agricultura. "Muitos agricultores estão investindo em ferramentas de produtividade, lembrando que neste período depois de colher a soja o melhor é fazer a reciclagem de nutrientes e incremento de rentabilidade com o plantio do capim brachiaria ruziziensis. O município de Nova Crixás, região do Vale do Araguaia aprovou essa ideia, pois ela é conhecida também como a região do boi. Além disso, o plantio do capim ajuda a combater pragas, preservar a umidade do solo e redução dos custos financeiros para a
próxima safra", ressalta o consultor.
Sobre a Fertigeo - Fundada em 2005 no município de Edéia (GO), a fim de atender na área
de assessoria agronômica um pequeno grupo de nove produtores da localidade. Oferece serviços de levantamento de solo, pesquisas e assessoria agronômica a produtores de diversas regiões de Goiás e do Brasil. Com as mudanças agrícolas, houve uma demanda para a melhoria na prestação de serviços em consultoria, mais presente na propriedade rural e afinada com as mais recentes tecnologias disponíveis. Pensando nesse novo processo, a empresa atende as necessidades de seus clientes, pois a
agricultura é a força que move nosso país.

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