Psicóloga faz alerta sobre excesso de liberdade às crianças nas férias

O período de férias escolares é uma época em que as crianças e os adolescentes saem da rotina e, por vezes, alteram os horários para comer, dormir, brincar, etc. O problema acontece quando essas alterações se tornam sinônimo de liberdade excessiva.
A psicóloga Carolina Agustinelli Primo, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), afirma que uma questão clara é a dificuldade que alguns pais têm em ver seu filho contrariado ao colocar regras e limites.
"Quando um pai ou mãe tem essa postura, acaba sem querer passando a mensagem que não tem capacidade de lidar com a frustração, o que interfere na capacidade dos filhos em tolerar a contrariedade, necessária para o desenvolvimento das pessoas."
"Todos nós - adultos, adolescentes e crianças - vivemos situações em que não podemos ter exatamente aquilo que queremos e que nos dá prazer. Outros querem evitar o excesso de liberdade e podem cair na cilada de se tornarem rígidos demais. Uma boa saída seria manter regras familiares que sejam cumpridas pelos pais e, quando houver necessidade de alteração, sejam comunicadas aos filhos", explica a psicóloga.
Algumas regras são consideradas inegociáveis, como as relacionadas à segurança, à saúde e ao convívio familiar.
Carolina exemplifica que a criança deverá alimentar-se de modo saudável mesmo durante as férias, mas a família pode combinar algumas extravagâncias gastronômicas, como uma pizza no meio da semana. "Algo semelhante pode ser feito com relação ao uso de computador e do videogame. Deve haver limite durante o ano inteiro. Nas férias, o tempo de uso do computador e do videogame pode até aumentar, mas ainda assim é preciso impor limite", finaliza.

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